Quando se avizinham as eleições no Corinthians, voltam à baila, com mais insistência e consequentemente ganhando maior evidência na caixa de ressonância em que se transformaram os meios de comunicação, as polêmicas envolvendo o eterno problema do estádio.
De um lado estão os que defendem a forma como ocorreu sua construção, objetivando, no fundo, que de outro “jeito”, sua construção teria sido, se não impossível, quanto menos extremamente difícil.
De outro, os opositores que reclamam do mar de dívidas em que o clube se enfiou e da dificuldade em honra-las, a ponto de ter que atrasar compromissos com os jogadores. O que, inegavelmente, traz um certo desassossego ao elenco.
Um dos pontos mais discutidos, e que merece um esclarecimento objetivo, é da eventual venda do nome do estádio, de forma a se obter outra – e importante – fonte de renda. A polêmica se torna mais acesa, pois os acusadores trazem, como exemplo de negociação bem feita, a Arena do Palmeiras.
Aqui cabe, inicialmente, uma explicação quanto ao valor do terreno e, consequentemente, do que nele foi construído. Um simples exame do IPTU das duas localizações mostra como o estádio do Palmeiras está situado numa zona mais valiosa do que a ocupada pelo Corinthians. Quanto a isso não há o que discutir, pelo que a base de negócio de um é melhor que a do outro.
O outro aspecto, é talvez decisivo, é a forma como as negociações foram conduzidas. O Palmeiras acabou acertando um valor, e fechou a questão. O Corinthians, em espaço de tempo semelhante, preferiu alongar as negociações, visando obter propostas mais favoráveis em função do grande apelo de marketing que sua torcida poderia representar.
Infelizmente para o Corinthians, esse tempo à mais não trouxe resultados positivos e, para piorar, trouxe a atual crise econômica onde muitos preferem aguardar e não investir. Pelo menos até que o panorama do Brasil seja mais claro. Assim, o prejuízo da aposta que se revelou errada foi inevitável…