Rogério Ceni nunca foi o maior problema do São Paulo, mas talvez também não fosse a solução. Seria, então, Dorival Júnior o salvador da pátria?
Dorival chega ao Morumbi com bom histórico de salvação. Em 2015, assumiu o Santos na zona do rebaixamento e o conduziu até a 9ª colocação na tabela. No ano anterior, livrou o Palmeiras da terceira queda à Serie B na última rodada, deixando o time na 16ª posição. Agora, ele terá 16 rodadas para tirar o tricolor da vice-lanterna do Brasileiro.
Acredito que o maior problema do São Paulo e, consequentemente, de Dorival Júnior, seja a diretoria. O que os cartolas do Morumbi fizeram se chama crueldade — ou burrice, na mais ingênua das hipóteses. Mudou um time inteiro ao longo da temporada, e dizimou qualquer potencial de competitividade no ano.
Diante do Santos, vimos um time com nível baixo de entrosamento, o que indica um dos maiores desafios de Dorival à frente do time. Caso tenha sucesso, o novo treinador será visto como um super-herói que salvou dirigentes são-paulinos de um prédio em chamas, em que eles mesmos atearam fogo.