O GP da Austria viu uma soberba apresentação do finlandês Bottas que, após ter conquistado a pole no sábado, com apenas 42 milésimos sobre Vettel, domingo teve provavelmente a melhor largada de sua vida. Com efeito, concomitantemente ao se apagarem as luzes vermelhas, Bottas largou (tempo de reação apenas 2 décimos), dando a alguns até mesmo a impressão de ter queimado a largada. Coisa que não aconteceu e que lhe permitiu liderar sem problemas, chegando até a acumular uma vantagem de 8 segundos sobre Vettel. Após o pit-stop, as coisas mudaram, Vettel começou uma reação que o levou a poucos décimos de Bottas mas sem jamais ter tido a chance de tentar a ultrapassagem.
Atrás dos dois tivemos uma interessante luta entre Ricciardo. que terminou em 3ºe acumulou mais um pódio, e Hamilton que tentou supera-lo, sem porém consegui-lo, tendo que contentar-se com o 4º lugar. Uma colocação muito boa para quem, 3º no treino oficial, perdeu 5 posições por ter trocado e câmbio, sendo então obrigado a largar em 8.
Contrariamente a Bottas, o segundo piloto da Ferrari, Raikkonen, que largou em 3º, não teve um bom desempenho e acabou num obscuro 5º lugar, falhando na sua tarefa de pelo menos ficar à frente de Hamilton e tirar-lhe assim mais dois pontos.
Entre os demais pilotos merece destacar a boa apresentação de Ocon, com a Force India, mostrando contínuos progressos e fazendo dele uma esperança para o futuro.
Contrariamente a Massa, que é o presente mas não tem um carro à altura para lutar pelas primeiras posições e, largando lá atrás, ainda teve o mérito de conquistar um bom 9º lugar.
Quanto ao campeonato, Vettel aumentou em mais 6 pontos sua vantagem sobre Hamilton (agora é de 20 pontos), que é seguido no mundial pelo companheiro Bottas, distante 15 pontos. Mas pode-se dizer que Vettel desperdiçou a chance de colocar ainda mais pressão sobre Hamilton, com uma vitória que teria representado um hook no fígado do inglês. isto, num campeonato tão equilibrado como este, pode acabar fazendo a diferença.
Domingo teremos o tradicionalíssimo GP da Grã Bretanha (é errado dizer GP da Inglaterra, pois trata-se do British Grand Prix e não English Grand Prix) na ainda mais tradicional pista de Silverstone. Exatamente lá onde, no longínquo ano de 1950, tudo começou, em termos de campeonato mundial de Formula 1.