Mudam os circuitos, mas o resultado não muda. No outro domingo, no GP da Italia em Mugello, Andrea Dovizioso levou sua Ducati a uma inesperada vitória. Neste domingo, no GP da Catalunha, em Barcelona, novamente Dovizioso e a Ducati subiram no degrau mais alto do pódio. E, mais do que isso, reduziram para apenas 7 pontos a vantagem do ainda líder do mundial, o espanhol Viñales, da Yamaha.
A Yamaha oficial, aliás, teve uma jornada totalmente negativa, obtendo apenas o 8º lugar com Rossi e o 10º do Viñales , superada até mesmo por uma equipe particular, que usa as motos Yamaha do ano passado, e que obteve 5º lugar com Zarco e 6º com Folger. Provando que, em determinadas condições, a moto deste ano é inferior, como rendimento global, à do ano passado. Coisa que deve levar o departamento de engenharia da Yamaha a uma profunda reflexão na busca de uma pronta solução.
O pódio foi completado pelas duas Hondas, com Marques 2º e Pedrosa 3º, mas ambos bem distantes de Dovizioso que, após ter assumido a ponta a 9 volta do fim, despachou os rivais e ganhou com muita folga.
A corrida começou com Lorenzo assumindo a ponta e abrindo um pouco do trio formado por Pedrosa-Marques-Dovizioso. Depois, porém Lorenzo teve que diminuir seu ritmo, pois os pneus não teriam aguentado até a bandeirada e deixar pista livre aos três que o seguiam. Dovizioso passou antes Marques e depois ficou por muito tempo atrás de Pedrosa, buscando por sua vez economizar pneus, até que faltando 9 voltas ao término assumiu a ponta e voou para o triunfo.
Atrás deles, após uma luta apaixonante, Marques acabou superando Pedrosa enquanto Lorenzo retomava seu ritmo e terminava num bom 4º lugar.
Agora o mundial, após duas corridas em que Viñales não se encontrou, vê o espanhol da Yamaha ainda líder, mas com apenas 7 pontos de vantagem sobre Dovizioso, 23 sobre Marquez, 27 sobre Pedrosa e 28 sobre Rossi. Claramente é cedo demais para dizer que a Ducati agora vai lutar pelo título (e Dovizioso foi bem claro a este respeito) mas que se criou uma situação nova e absolutamente inesperada na prevista disputa toda nipônica entre Yamaha e Honda é também irrefutável.