O Corinthians teve uma noite atípica diante do Vasco, em São Januário.
O time que possui uma boa defesa e sofre poucos gols, apresentou falhas no jogo aéreo e levou logo dois. Além disso, o mesmo time, que está acostumado a vencer seus jogos por 1 a 0, ganhou de cinco. E venceu porque foi cirúrgico, mas de uma forma absurda.
Para fazer cinco gols, bastou à equipe de Carille acertar o alvo seis vezes (outras quatro finalizações foram para fora). Teve apenas um escanteio e 13 cruzamentos (acertou seis, sendo que um deles originou o gol que abriu o placar).
Para se ter ideia, o Vasco, que teve mais volume de jogo e criou maior número de chances, foi um time comum. O Cruzmaltino teve 56% da posse bola, 14 escanteios, 23 finalizações (apenas oito no alvo), efetuou 56 cruzamentos (só acertou 14).
Corinthians conseguiu encerrar bem a etapa inicial, segurando a pressão do adversário e mantendo a vantagem de dois gols. Já no segundo tempo, sofreu dois gols nos primeiros 120 segundos. Quando o time de Carille desempatou o placar, 10 minutos mais tarde, foi então que a vitória começou a ser esboçada.
Mesmo à frente no marcador, o treinador realizou três alterações ofensivas. Sacou Jadson, Clayson e Marquinhos Gabriel para as entradas de Clayton, Giovanni Augusto e Pedrinho. Assim, só restou beijar a viúva e fechar o caixão.
Entre os pontos positivos, as atuações de Maycon, Clayson e Marquinhos Gabriel, este que parece estar fazendo as pazes com seu bom futebol. Jô mantém boa média de gols na temporada — fez o quarto, em cinco rodadas.
Com respeito aos aspectos negativos, as duas falhas aéreas servem de atenção para Carille. Além disso, a péssima atuação de Paulo Roberto, volante que hoje atuou improvisado na lateral-direita, deu provas de que o elenco paulista não tem um substituto de confiança para o lugar de Fagner, que defende a Seleção Brasileira.