A Copa das Confederações da Rússia começa hoje, e já apresenta indícios de uma edição que será marcada pelo fracasso. O desprezo das seleções, com seus “times B” no torneio, somado à baixa estimativa de público e das TVs, que não demonstram interesse nos direitos de TV, agravam a situação.
A Alemanha, por exemplo, não contará com quase nenhum astro. O nome mais conhecido é o do meia Julian Draxler, do PSG. Isso acontece como uma represália, pois os atuais campeões do mundo participam do torneio porque são “obrigados”.
Em novembro do ano passado, o presidente da DFB (Federação de Futebol da Alemanha), Reinhard Grindel, disse ser favorável à abolição da Copa das Confederações, como forma de desinchar o calendário internacional. Ele ainda chamou o torneio de “obsoleto”.
Por outro lado, Rússia, México e Portugal, este que disputa a competição pela primeira vez em sua história, estão mais animados. Há também o Chile, seleção que possui atletas mais conhecidos mundialmente.
Quanto aos ingressos, trata-se de uma antiga preocupação dos russos. A Fifa, ontem, anunciou que foram distribuídos
cerca de 65% dos ingressos, e que a expectativa de venda para todo o torneio é de 480 mil entradas. Isso fica abaixo da edição de 2013, no Brasil, que teve média de 50.291 torcedores/jogo.
Além disso, a venda de direitos de transmissão das Copa das Confederações também está empacada na Rússia, principalmente pelos altos valores cobrados. Em relação à edição do Brasil, a Fifa havia acertado a venda dos direitos de transmissão à TV Globo oito anos antes da disputa da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
Em outros locais, os direitos de transmissão foram vendidos para 134 países.