O Corolla continua sendo o sedan médio mais vendido no Brasil, embora seu preço, em todas as versões, seja um pouco mais elevado que vários de seus diretos concorrentes. Para responder a esta pergunta, andamos, durante uma semana, com um Corolla XEi, o modelo mais vendido na linha que tem ainda uma versão de entrada e duas de tope.
E a resposta é fácil. O Corolla é o mais vendido pois traz uma certeza de tranquilidade e segurança. Tranquilidade quanto a seu valor de mercado, que, ao longo dos anos, cai menos que todos os concorrentes. Segurança quanto ao seu funcionamento que, com um mínimo de cuidado (mas, às vezes, até mesmo sem isso) mantém seu proprietário longe da concessionária, onde irá apenas para as revisões obrigatórias. E lhe assegura uma longa vida sem problemas.
O modelo 2018 do Corolla trouxe aperfeiçoamentos mecânicos que seus concorrentes já tinham, como controle de tração e controle de estabilidade. E, com isso, ficou ao abrigo de qualquer crítica pois suas demais, positivas características foram mantidas.
Seu motor 2.0 responde prontamente às solicitações do acelerador e casa muito bem com a transmissão automática CVT, o conjunto dando uma sensação de tranquilidade extremamente agradável, sobretudo no caótico transito urbano. A isso se soma uma boa insonorização, uma estabilidade mais que suficiente, um sistema de freios que atua a contento. E para quem reclama do freio de mão, do tipo tradicional e não elétrico ou então acionado com o pé, respondo que se trata de escolha puramente pessoal. A mim agrada, e muito, contribuindo à sensação geral de tranquilidade que o carro proporciona.
No interior o acabamento é bom, reforça a sensação de extrema durabilidade que o carro proporciona, oferece um ótimo conforto para 4 pessoas e bom para 5 e seu porta-malas, com 470 litros de capacidade, aloja toda a bagagem necessária.
Aliás, quando, mais de meio século atrás (exatamente em 1966) a Toyota lançou o Corolla, então com motor longitudinal, tração traseira, suspensão anterior com rodas independentes mas eixo rígido na traseira e freios a tambor, teria sido difícil prever um tão estrondoso sucesso a ponto de transformá-lo num ícone da história automobilística, ao lado de Fusca e poucos outros. Com o passar dos anos, porém, sucederam-se as séries do Corolla, sempre com alguma inovação, como o motor transversal, por exemplo, e a conquista do mercado mundial foi a normal conseqüência disso tudo. E quando o Brasil começou a produzí-lo aqui, a lenda se instaurou de vez também por estas bandas.