O GP de Jerez, contra todos os prognósticos possíveis, viu o domínio absoluto de Pedrosa, desde os treinos, onde conquistou a pole após bela disputa com Marquez, até a corrida, onde largou na frente e aí ficou até receber a bandeirada de chegada. Aliás, completando o absoluto domínio da Honda, Marquez foi um brilhante segundo enquanto Lorenzo ressurgiu das cinzas e conquistou seu primeiro pódio com a Ducati.
A vitória de Pedrosa, neste que foi o 3.000 GP da história do mundial, foi uma verdadeira obra-prima. Ele conseguiu economizar os pneus, cujo desgaste constituiu o grande problema de todos os demais, pilotando com extremo cuidado mas sendo assim mesmo o mais veloz de todos. “Eu quase cai umas duas ou três vezes” , disse Pedrosa logo após a corrida. E Viñales, 6º com a Yamaha, confirmou ” em cada curva parecia que eu ia cair”.
Com os três espanhóis monopolizando o pódio, o campeonato mundial ganhou ainda maior interesse, pois se Rossi continua como líder, 2 pontos atrás está seu companheiro de Yamaha Viñales, a 4 pontos encontra-se Marquez e a 10 aparece Pedrosa.
Se de um lado tivemos a grande jornada da Honda, de outro foi marcante o fracasso da Yamaha, que obteve o 4º lugar com um piloto independente, o bom Zarco (time Tech 3), mas viu seus dois pilotos oficiais em 6º (Viñales) e 10º (Rossi). Algo que estava absolutamente fora de qualquer lógica previsão.
No meio, a ressurreição de Lorenzo, que finalmente conseguiu extrair boa parte do potencial da Ducati e obteve seu primeiro pódio do ano. Claramente a Ducati é uma moto difícil de pilotar e até aqui Lorenzo sentiu isso na pele, mas este resultado pode significar que, pouco a pouco, ele está se adaptando. Não se pode inclui-lo, ao menos por ora, entre os disputantes deste mundial, mas é racional aguardar bons resultados deste piloto que acaba de completar 30 anos e tem pela frente, na Ducati, um formidável desafio.
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