O GP da Espanha nos deu um espetáculo excelente, com dois pilotos – Vettel e Hamilton – lutando duramente pela vitória, que acabou premiando o piloto da Mercedes. Hamilton, que conquistara sábado a pole, foi superado na largada por Vettel, e a corrida ficou indecisa quanto a seu desfecho até que a tática da Mercedes, utilizando sucessivamente pneus macios, médios e macios, revelou-se mais positiva que a da Ferrari (macios- macios e médios) e levou Hamilton à sua segunda vitória neste mundial.
A Ferrari claramente apostou no maior desgaste dos pneus da Mercedes, confiando que Vettel conseguiria, se não ficar sempre à frente de Hamilton, supera-lo nas voltas finais. Mas o pacote de modificações aerodinâmicas apresentado pela Mercedes neste GP revelou-se amplamente positivo, anulando aquele que tinha sido o ponto fraco do carro nos GPs anteriores.
A vitória de Hamilton, reduzindo para 6 pontos sua desvantagem em relação ao líder do mundial, Vettel, mostra claramente que este campeonato será decidido pelo que a engenharia das duas equipes conseguirá fazer em termos de aperfeiçoamentos dos carros ao longo do ano. E para Hamilton o domingo foi ainda melhor com a quebra do carro de Bottas, seu companheiro de Mercedes, que assim deixa de ser, ao menos por ora e provavelmente até o final do campeonato, uma ameaça interna à sua condição de piloto nº 1 do time.
Quanto aos demais, apenas Ricciardo, com uma Red Bull que não apresentou o progresso esperado mas assim mesmo acabou subindo ao pódio, conseguiu terminar a corrida na mesma volta dos dois primeiros. Um pódio, aliás, permitido pelos incidentes que alijaram do GP logo no começo Raikkonen e depois Bottas.
O próximo GP será o de Monaco, onde o sábado, com a disputa da pole, promete ser sensacional. Pois se na Espanha confirmou-se a tradição que a conquista da pole é passaporte quase certo para a vitória, em Monaco isso é ainda mais verdade.