Este domingo promete muitas emoções aos amantes do automobilismo. Pela manhã (no horário brasileiro) teremos a disputa do clássico GP de Monaco, talvez o mais glamouroso de todo a temporada de F1 e certamente aquele que reúne o maior número de celebridades no paddock e nos luxuosos iates ancorados no porto. Além de ser o mais arriscado de todos pois é suficiente um pequeno erro para acabar com a corrida e, por outro lado, o piloto que não andar constantemente a milímetros do guard-rail, não terá chance alguma de vencer.
À tarde teremos em Indianapolis a disputa da clássica “500 Milhas”, com o atrativo da presença, pela primeira vez, do espanhol Fernando Alonso que, decepcionado com a absoluta falta de competitividade de sua McLaren-Honda, decidiu tentar a sorte do outro lado do oceano. Talvez perseguindo aquela “Tríplice Coroa” que até hoje só o britânico Graham Hill conseguiu. Isto é ser campeão mundial de Formula 1, vencer as 500 Milhas e triunfar nas 24 Horas de Le Mans. Ele larga na segunda fila e tem muitas esperanças, com sua Dallara-McLaren-Honda, de ter exito. Se o conseguir é o que vamos ver…
Em seu lugar, lá em Monaco, a McLaren-Honda terá a volta, apenas para este GP, do veterano mas ainda válido Jenson Button. Aliás a corrida no Principado começa para valer no treino oficial de sábado (o de hoje serve apenas para acerto geral dos carros e testes de durabilidade de pneus), pois em nenhum outro circuito é tão importante largar na pole como em Monaco. A extrema dificuldade de ultrapassar faz com que às vezes possa ser decisivo o normalmente único pit-stop programado, além do fato de que mesmo os pneus ultra-macios podem permitir stints longos, já que o asfalto é pouco abrasivo e as velocidades são baixas.
A configuração dos carros, além de algumas peças usadas especialmente em Monaco, visa obter a máxima pressão aerodinâmica possível, de forma a aumentar a aderência mecânica. Isto é importante até mesmo na curva mais lenta de todo o mundial, a Fairmont, onde sempre se forma uma procissão mas onde uma boa saída da curva, acelerando metros antes dos demais, pode propiciar condições de ultrapassagem pouco depois.
A escolha dos jogos de pneus a serem utilizados (a Pirelli levou para lá macios, super-macios e ultra-macios) mostrou uma Mercedes conservadora, uma Ferrari um pouco mais audaz e uma Red Bull ainda mais ousada. E a Pirelli ainda estabeleceu pressões mínimas baixas, com 19 nos dianteiros e 18 nos traseiros, além de claros limites de cambagem (-4,25º nos pneus dianteiros e -3,00º nos traseiros). Veremos, sábado e domingo (o treino de hoje não é muito significativo neste aspecto), quem tiver feito a melhor escolha…talvez valha o pódio.
Quanto aos pilotos, é fácil imaginar mais um round da luta entre Vettel e Hamilton, a tentativa de se intrometer nessa luta por parte de Bottas e um Raikkonen que dificilmente incomodará Vettel. Para os demais, a menos de batidas, parece difícil sonhar com um lugar no pódio.