Um dos jogadores mais questionados do elenco do Corinthians, Romero demonstrou nos últimos jogos ser uma peça importante para o esquema tático de Fábio Carille. Isso porque o sistema definido pelo treinador é de extremo caráter defensivo. Assim, o paraguaio é mais fundamental quando está sem a bola.
Romero é o típico jogador disciplinado que todo treinador gosta. Se você pede para ele voltar para marcar, ele volta. Ele é esforçado, veloz e aguerrido. O grande problema é que ainda sofre com a técnica.
Se o Corinthians é um time que sofre poucos gols na temporada, é porque recebe uma boa contribuição de Romero, que sempre está subindo pela esquerda. No entanto, o paraguaio não é a chave principal do sistema defensivo de Carille.
Paredão alvinegro
Carille é um especialista em defesa. Se durante a era Tite a zaga do Parque São Jorge sempre foi elogiada, seria graças ao toque de Carille, auxiliar na época.
A defesa do Corinthians é montada em uma linha de quatro, atualmente bem entrosada. A dupla de zaga titular, formada por Pablo e Balbuena, vive boa fase. Como o defensor paraguaio é mais lento, recebe o apoio dos laterais. Além de defenderem, Fagner e Guilherme Arana — este o mais regular da temporada — também realizam a saída de bola do time, uma vez que pelo centro não dá certo.
À frente da zaga, Gabriel, que está rendendo bons resultados. A preocupação se dá pelo número de cartões amarelos acumulados na temporada. Fazendo a outra “volância”, Maycon, mas esse tem melhor desempenho quando cai pelos lados do campo. A dupla dá o direcionamento da marcação alvinegra (se deve ser mais adiantada ou não).
Por fim, resta Jadson e Jô. O meia tem saído bastante das laterais para se aventurar pelo centro do campo. Assim, ao lado do atacante, são os responsáveis por pressionarem a saída de bola do adversário.
Fato é que o sistema defensivo do Corinthians é muito mais complexo do que aparenta ser; mas se funciona, é porque Carille tem um grupo que é muito disciplinado taticamente.