Apresentado em fevereiro em dois modelos, o de entrada com motor 1.6 e câmbio mecânico de 5 marchas e o de topo com motor 2.0 e câmbio automático de 4 marchas, o Renault Captur está pouco a pouco ocupando seu lugar no mercado. Na ocasião do lançamento andamos com a versão de entrada, que entendemos ter uma boa relação custo/benefício. E agora testamos a versão de tope.
Vale logo dizer que esta versão está aguardando (diríamos até ansiosamente) por um novo câmbio, já que o veterano automático de 4 marchas está clamando por merecida aposentadoria. Se o motorista não tiver um mínimo de sensibilidade mecânica e estiver dirigindo rápido, nas trocas de marcha poderão ocorrer indesejáveis trancos. Coisa que pode ser facilmente evitada tirando por um instante o pé do acelerador no momento em que perceber a iminência da troca. mas que poucos estão dispostos a fazer pois entendem que esse refinamento de pilotagem é desnecessário numa transmissão automática. Assim surgem críticas, até que merecidas…
Pelo resto este Captur, quando estiver equipado com o prometido câmbio CTV (por razões de preços duvido que venha a ser usado um moderno automático de 6 marchas), poderá disputar com sucesso seu lugar neste nicho de mercado (o de Suv) que desafia qualquer crise e está em constante aumento. Pois acomoda bem seus ocupantes, tem a estabilidade requerida para um Suv, seu sistema de frenagem atua corretamente e, em resumo, não traz nenhuma desagradável surpresa ao longo de sua utilização.
Como última anotação, em trecho composto por 65% de rodovias e 35% de ruas, obtivemos a marca de 5,0 km/l, utilizando álcool. Claramente com outro tipo de câmbio este número seria maior e, por ora, a única forma de melhorá-lo um pouco, em uso urbano, é recorrer à troca de marchas manual. Já que, tão logo o Captur se movimenta, é possível engatar a 2.a e a seguir a 3.a, bem antes do que o sistema totalmente automático faria.