Domingo, paralelamente à F1 (o que evidencia a falta de entrosamento dos organizadores) teremos também a segunda etapa do mundial de MotoGP. Desta feita a pista será a de Termas de Rio Hondo, na Argentina, que se destaca pelo elevado consumo de pneus. E isto, de imediato, porá em melhores condições quem souber desgasta-los menos, pelo que uma pilotagem agressiva pode dar uma liderança inicial mas se revelar um desastre perto da chegada.
O mundial é liderado pela revelação Viñales, o jovem espanhol que parece ter encontrado na Yamaha, onde está estreando, a moto perfeita para lutar pelo título. Coisa, por sinal, que ainda não conseguiu seu companheiro Rossi, claramente na fase final de sua brilhantíssima (foram 9 títulos mundiais) carreira. De qualquer forma não se pode esquecer que nessa pista Rossi venceu em 2015 e foi segundo no ano passado.
Em minha opinião a grande disputa será entre Viñales e o campeão Marquez, que na estréia foi apenas 4º colocado com sua Honda e quer, numa pista onde sempre tem andado bem, uma imediata revanche. Com efeito, lá em Rio Hondo ele foi pole nos últimos três anos, quando venceu duas vezes (2014 e 2015).
Nisso tudo, fica o drama pessoal de Lorenzo, que ainda não se encontrou com sua nova moto, a Ducati, e que na estréia, cúmplice a chuva, teve uma atuação apagadíssima, amargando um inusitado 11º lugar,. Para quem está sendo pago nada menos que 25 milhões de euro para tentar levar a Ducati de novo ao título, convenhamos que se trata de uma situação extremamente delicada. Ainda mais lembrando que, no mesmo GP de estréia, em que ele foi 11º, seu companheiro Dovizioso foi segundo, após uma emocionante luta com o vencedor Viñales.