Domingo teremos a segunda etapa do mundial de F1, desta vez num circuito totalmente diferente do australiano. Será o GP da China, no autódromo de Shangai onde se destaca uma longa reta que deverá dar novas noções quanto às possibilidades de ultrapassagens.
Em minha opinião, como é impossível ficar bem perto do carro que vai à frente, pois a turbulência por ele criada torna a frente do carro que o segue demasiadamente leve e imprecisa, além de causar um maior desgaste de seus pneus, dificilmente teremos muitas ultrapassagens. E ficou claro que a nova aerodinâmica tornou bem menor a incidência da asa traseira, vanificando um elemento importante para tentar a ultrapassagem. Assim sendo a decisão da corrida começa na definição do grid de largada e se conclui com a tática para os pit-stop, talvez um só. O que, convenhamos, não é o máximo em termos de espetáculo.
De qualquer forma será interessante ver o que a Ferrari conseguirá fazer (sobretudo se melhorar na prova de classificação) e observar, ao mesmo tempo, a previsível reação da Mercedes, após o balde de água fria da Austrália. E ver também se a Red Bull, que ficou devendo na estréia, está no caminho correto para alcançar uma maior competitividade, ou deverá resguardar sua terceira colocação dos avanços da Williams.
Por fim, falando ainda das equipes, não existe nenhuma esperança de uma rápido progresso da McLaren-Honda, cujos problemas de motor demandam certo tempo para serem – se for possível – corrigidos.
Quanto aos pilotos, na frente a luta deverá opor Hamilton, Vettel e Bottas, já que Raikkonen não parece em condições de intrometer-se nela. E, logo atrás, além da dupla Verstappen – Ricciardo, será muito interessante ver o que poderá fazer Massa, este ano com um carro razoavelmente competitivo, embora não de ponta.