Há exatos 10 dias, este que vos escreve afirmava com todas as letras que o Corinthians é um time que se complica bastante, e acredito que não há definição melhor do que essa para resumir a eliminação alvinegra da Copa do Brasil, em casa, diante do Internacional.
O Corinthians abriu o placar no início do primeiro tempo e tinha o controle do jogo nas mãos. Assim como dita seu caráter, se defendia bem e esperava o adversário estar mais vulnerável para aplicar contragolpes eficazes. Bastante cirúrgico, terminou o primeiro tempo melhor que o time de Porto Alegre.
Já na etapa complementar, a história foi totalmente diferente. Com o time todo fechado na defesa, via o Inter totalmente exposto e não liquidava a fatura. Rodriguinho, aos 11′, desperdiçou chance claríssima que mudaria por completo o âmbito da partida. Aos 26′, saiu o gol de empate e, por consequência, o nervosismo aflorou.
O Corinthians passou a ir com tudo para o ataque. Carille trocou Gabriel por Marquinhos Gabriel. Tenso, ficou mais tempo na intermediária ofensiva. Ganhava um escanteio aqui, outro acolá. Aos 38′, Pablo perdeu uma boa oportunidade de desigualar o placar. Aos 42′, Clayton desperdiçou uma chance inacreditável. E, aos 44′, Jô para em Marcelo Lomba e entrega o jogo para os pênaltis.
Há três pontos fundamentais a serem observados. Quanto ao primeiro, fico com a seguinte dúvida: por que, jogando em casa, só foi ao ataque quando sofreu o gol? Já com respeito ao segundo, não dá para jogar pelos ares quatro chances absurdamente claras em uma decisão de mata-mata. E, por fim, o resumo da obra: além da ineficiência dos atletas, o Corinthians, sobretudo, foi eliminado por falta de inteligência, pois a forma mais simples e eficiente de controlar uma partida é tendo o domínio do meio de campo e maior posse de bola no campo de defesa do adversário. Com um time melhor, provou do próprio veneno.