Quando a JAC lançou seu Suv T5 tinha como objetivo abrir um considerável espaço no competitivo mercado da categoria. E, para tanto, apostou numa combinação de dois fatores : um pacote tecnológico semelhante aos dos concorrentes e um preço bem menor.
A aposta, porém, não deu os resultados esperados e a razão ficou clara desde o início. O mercado não aceita um Suv sem transmissão automática, e o T5 tinha um câmbio mecânico, sem dúvida bom, com engates precisos e as 6 relações de marchas bem escolhidas, mas sempre mecânico e não automático.
Agora a JAC corrigiu seu erro, e o fez de forma brilhante, pois não aumentou o preço (são sempre 69.990 mil reais) mas trocou o câmbio mecânico por um CVT. Uma transmissão que tanto pode ser deixada na função completamente automática (a alavanca fica em D) como pode atuar como um câmbio de 6 marchas, acionado pela mesma alavanca que vai para a esquerda e, automaticamente, muda para a marcha superior ao ser empurrada para a frente e para a marcha inferior ao ser puxada para trás. Naturalmente nos dois modos de operação trata-se sempre de uma transmissão CVT, sendo que o aparentemente mecânico é fruto de uma aplicação eletrônica. Esta “breca”, por assim dizer, o deslocamento axial da polia que liga os dois cones da CVT durante uma determinada faixa de relação de transmissão, e dá a exata impressão de estarmos acionando um câmbio mecânico.
Resolvido assim o problema mercadológico, o JAC T5 CVT tem as cartas em regra para ganhar um bom espaço nesta faixa de mercado altamente ambicionada. Ele tem um design agradável e atual, seu interior é bem acabado e confortável e o volume do porta-malas é de 600 litros. Tudo isso em 4,325 metros de comprimento, 1,765 de largura e 1,660 de altura, com um entre-eixos de 2,560 metros que é o responsável pelo conforto a bordo mesmo levando 5 pessoas e todas suas bagagens. E a isso se soma uma garantia de 6 anos.coisa ainda rara no panorama automobilístico nacional.
O motor é um 1.5 de curso longo (75 mm de diâmetro e nada menos que 84,5 mm de curso), o que garante uma boa curva de torque desde as mais baixas rotações. Com efeito são 15,7 kgmf a 4.000 rpm no pico mas boa parte disso está sempre disponível. Quanto à potência são 127 cv a 6.000 rpm o que garante o bom desempenho do T5 que, quando alimentado com gasolina, tem marcas pouca coisa menores (15,5 kgmf de torque e 125 cv de potência).
Utilizado em percurso exclusivamente urbano, com ar condicionado sempre ligado, fizemos 4,9 km/litro de etanol. E a impressão deixada por direção e suspensão foi positiva sob todos os aspectos.
Resta agora ver, como de habito, qual será a reação do mercado a esta nova e interessante proposta.