Neste domingo começa o campeonato mundial de F1 e, como costumam afixar os donos de um negocio após a transferência “sob nova direção”. Saiu o veterano inglês Bernie Ecclestone e o mando passou para o norte-americano Chase Carey, presidente do “Liberty Media”, que tem como diretor comercial Sean Bratches e como diretor esportivo Ross Brown. E é deste último, que conhece profundamente o aspeto técnico da F1, que se esperam alterações fundamentais nos regulamentos para tornar a F1 mais interessante. Alterações a serem introduzidas paulatinamente, pois não se pode mudar tudo de uma hora para outra.
Mas algumas já aparecem neste campeonato, como a possibilidade de desenvolver o carro ao longo do ano, sem qualquer restrição (no ano passado cada equipe tinha um número fixo de “bonus” que podia gastar no desenvolvimento do carro). Isto, em minha opinião, favorece quem tiver engenheiros mais habilidosos e perspicazes e permite a uma equipe, cujo projeto não tenha tido o exito esperado, corrigir a rota durante o mundial.
Entre as modificações que já veremos a partir de domingo, no GP da Austrália, estão o maior tamanho dos carros, cuja largura passa de 1,80 metros para 2,00 metros. O maior comprimento da asa dianteira, que vai de 1,65 metros para 1,80 metros, o da asa traseira e o peso total, que passa a ser 722 kg. E os tanques agora pode levar 105 kg de gasolina (para maior precisão a gasolina é medida em quilos, e não em litros).
Outra grande novidade será fornecida pela Pirelli. Os pneus dianteiros aumentaram sua largura de 245 mm para 305 mm e os traseiros passaram de 325 mm para 405 mm. Além disso foi mudada sua composição, tornando-os mais resistentes ao desgaste, pelo que podemos aguardar um menor número de pit-stops.
O conjunto de modificações tornou os carros mais velozes, em função da nova aerodinâmica e ao fato dos pneus mais largos permitirem aos pilotos maior velocidade nas curvas, pois aumentaram tanto o efeito-solo como a aderência.
Com relação ás equipes fica a grande dúvida : a Mercedes escondeu realmente toda sua potencialidade nos treinos na Espanha ou agora vê a Ferrari bem perto? No primeiro caso, podemos esperar mais um campeonato dominado pelos carros alemães e indicar Lewis Hamilton como o grande favorito para a conquista do título. No segundo teríamos um campeonato muito disputado, sempre com ligeiro favoritismo de Hamilton, mas com Vettel e Raikkonen surgindo como temíveis adversários.
Nas posições subsequentes deveremos ver Massa com sua revigorada Williams andando bem e esperar que a Red Bull consiga rapidamente melhorar seu projeto inicial (desta feita parece que Newey não fez milagres) para ser bem competitiva. Além da costumeira presença da Force India que vem paulatinamente melhorando, ano após anos.
Hamilton favorito, mas…
Anterior