A Hyundai vem apostando no segmento de Suv e tem tido bons resultados de mercado com isso, mas lhe faltava a base da pirâmide para obter números de venda mais consistentes. Esta base foi por nós apresentada a 6 de dezembro do ano passado, num primeiro contato com duas versões do Creta, ambas com câmbio automático, pois acreditamos que a versão 1.6 com câmbio mecânico não deva ter grande apelo. Assim andamos na ocasião com o Creta de motor 1.6 e 2.0, e a primeira impressão, em percurso prevalentemente rodoviário, foi positiva. Faltava, porém um teste mais completo, em âmbito urbano, e foi isso que realizamos agora, usando, para tal, a versão de topo, 2.0 Prestige, que custa 100 mil reais.
Vale dizer, antes de mais nada, que a pirâmide de Suv à qual me referi tem em seu topo o Santa Fé (que começa com 191 mil reais), leva 7 pessoas e tem um comprimento de 4,69 metros. Seu motor é um 3.3, com 270 cv e o espaço para bagagem chega a 994 litros.
Logo abaixo vem o New Tucson (a partir de 139 mil reais), com motor 1.6 turbo de 177 cv, 4,475 metros de comprimento e 513 litros. A seguir temos o New ix35 (começa em 100 mil reais), com motor 2.0 de 167 cv, 4,41 m de comprimento e 728 litros de porta-malas. E finalmente fechava a lista o Tucson por assim dizer “velho” (começa em 75 mil reais), com motor 2.0 de 146 cv, 4,325 m e 644 litros de capacidade.
Como se percebe, faltava um Suv menor para completar a oferta e ganhar uma outra faixa de mercado. Este Suv é o Creta, de 4,27 m e 400 litros de porta-malas, que começa com 1.6 mecânico de 6 marchas (73 mil reais) de 130 cv e tem uma versão automática que custa 85 mil reais. Para os que desejam mais potência tem o modelo 2.0, de 166 cv, só disponível com câmbio automático que, na versão mais luxuosa, custa 100 mil reais.
Com isso a Hyundai, utilizando a plataforma do sedan Elantra, produziu um Suv que tem tudo para brigar num mercado onde as ofertas são muito numerosas. Para isso oferece boa dirigibilidade, uma transmissão suave, uma estabilidade adequada ao que o veículo se propõe ser e um sistema “stop-and-go” de funcionamento muito bom, sem trancos ao religar o motor após uma parada um pouco mais longa. Para isso é suficiente acelerar e o motor pega na hora, não causando qualquer problema nas horas do “rush” e contribuindo para a economia de combustível. A este respeito, em trânsito pesado e com ar condicionado sempre ligado, obtivemos, usando gasolina, a marca de 4,7 km/l, enquanto à noite, com trânsito fluindo mais, chegamos a 6,6 km/litro. São marcas ruins que podem prejudicar bastante a comercialização do Creta.
Quanto ao acabamento é bom, os assentos são confortáveis, os itens de conforto são os que normalmente se espera encontrar num veículo nessa faixa de preço. Em suma, o Creta tem muitas armas para ser mais um disputante de primeiro plano numa faixa de mercado que não conhece a palavra crise. Mas seu consumo…
Creta completa o leque de opções
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