Passadas as emoções provocadas pela “remuntada” (é como na Espanha se classifica futebolisticamente a inversão de uma situação criada anteriormente) do Barcelona frente ao PSG, vale analisar com frieza tudo o que envolveu o famoso 6-1, que marcou história na Champions League.
Antes de mais nada, ficou-me a convicção de que o Barcelona iniciou a fase descendente de seu ciclo, já que não tem mais o poderio técnico de outrora em seu meio de campo. E que se agarra à categoria de seu trio ofensivo, onde pouco a pouco Messi cede espaço a Neymar, para obter bons resultados.
Do lado do PSG é indubitável que, mau grado as centenas de milhões gastos por seu proprietário árabe, ainda não é um grande time, ficando muito mais como um conjunto de bons jogadores onde vários buscam sobretudo o brilho pessoal em prejuízo do conjunto. E falta-lhe um grande capitão, um Lugano de seu melhor momento, por exemplo, ou um Dunga da época da Fiorentina. Ou, para os mais velhos como eu, um Obdulio Varela do Uruguai mundial em Maracanã. Coisa que o bom Thiago Silva jamais foi e jamais será.
Acima disso tudo, porém ficou uma arbitragem desastrosa e desastrada, influenciada em muitos momentos pelo fator campo e torcida. E que já no primeiro tempo não deu dois penais, o primeiro para o PSG (claro agarrão pela cintura na área) e o segundo para o Barcelona. Além disso não teve coragem de dar um segundo cartão amarelo a um jogador do Barcelona, deixou de expulsar Verrati, do PSD, que fizera por merecer a sanção. E, no final, inventou um penal que recolocou o Barcelona no jogo (após uma tão maravilhosa como feliz cobrança de falta de Neymar) e culminou dando nada menos que 5 minutos de prorrogação.
Tudo isso ficou muito evidente quando se soube (e a notícia não mereceu, não sei por quais razões, o destaque devido) que o árbitro, o alemão Denyz Aytekin, foi posto na geladeira por Collina, o chefão da arbitragem na Uefa. Fora escalado pois Collina entendeu o que o jogo não apresentava características de perigo, após o 4-0 de Paris, e o árbitro, de 38 anos, merecia um teste interessante. Mas só serviu para provar, uma vez mais, que árbitro decide jogo…geralmente a favor do time grande.
Por isso mesmo é que eu só totalmente a favor da introdução da prova tv no futebol, como já foi feito em vários outros esportes, com pleno exito. Pois é inconcebível continuarmos a andar de carroça (no futebol) quando já existe o automóvel !
Arbitragem decide, e como !
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