Em sua primeira decisão do ano, o Corinthians fez o simples para bater a Caldense por 1 a 0 e garantir uma vaga na segunda fase da Copa do Brasil. Diante de um adversário tecnicamente limitado, a equipe de Fábio Carille não fez esforços para golear.
Fato é que o time ainda apresenta dificuldades para criar e concluir jogadas. Em Poços de Caldas, dominou o jogo porque o oponente bem mais fraco; mas Carille deu mostras de uma estratégia que pode ser interessante para um futuro bem próximo.
O Corinthians se sente à vontade em trabalhar a bola pelas laterais e trazê-la para concluir à meta. Recurso que pode ser muito eficaz com a chegada de Jadson.
O novo camisa 10 não tem fama de ser aquele que carrega o time inteiro nas costas. Em 2012, o São Paulo o contratou para que Jadson fosse esse cara, e se deu mal. Hoje a diretoria o contrata com a mesma ideia, e Carille sabe que não pode.
Na conquista do Brasileiro de 2015, Jadson foi destaque justamente pela ótima parceria que fez com Renato Augusto. Naquele tempo, o Corinthians tinha um bom meio de campo que jogava em função de seus dois meias de criação.
Hoje, Carille monta sua linha de quatro da mesma forma que Tite construía há dois anos. Assim, Jadson pode formar uma boa dupla ao lado de Rodriguinho.
O que falta é Carille esquematizar um plano de jogo para que Jô comece a funcionar. Deixar o atleta no centro da área esperando por uma oportunidade de ouro não deu certo até agora.