Entre as novidades de 2017 no mercado da bola, destacam-se as que são direcionadas ao banco de reservas. Corinthians, Palmeiras, Atlético-MG, São Paulo, Fluminense, Vasco e Chapecoense estarão sob novos comandos. Assim, cabe a pergunta: qual treinador terá a tarefa mais dura para alcançar a glória?
Fabio Carille foi a última opção da diretoria do Corinthians. Auxiliar-técnico durante a era Tite, o novo treinador terá a missão que o ídolo — que hoje comanda a Seleção Brasileira — executou com sucesso: tirar leite de pedra. Carille não é Tite, mas tem suas referências. No entanto, não tem o que mais precisa: um bom elenco. Jogadores baratos, alguns nem conhecidos, chegaram como apostas. Assim como Ceni, Carille precisará de mais reforços e paciência dos dirigentes para fazer uma boa campanha; mas diante de uma gigantesca crise política no Parque São Jorge, será uma tarefa um tanto árdua.
No Palmeiras, Eduardo Baptista herdou o posto de Cuca. O novo treinador tem a missão de levar o alviverde à conquista da Libertadores e, com as chegadas de Guerra, Michel Bastos e Felipe Melo, contará com um time mais experiente em relação ao do ano passado.
Roger Machado foi contratado pelo Atlético-MG no ano passado, ou seja, vem trabalhando há mais tempo no planejamento dessa temporada. Assim como Eduardo Baptista, o treinador do Galo tem a difícil tarefa de ser campeão da Libertadores. Para isso, contará com a mesma base do time que foi finalista da Copa do Brasil do ano passado.
No São Paulo, as expectativas, no geral, são boas. Rogério Ceni assume o comando da equipe com a missão de retomar o caráter competitivo. Sua metodologia de trabalho mais moderna anima dirigentes e torcedores. Por outro lado, o pouco tempo de preparação para comandar um grande clube do Brasil é uma preocupação e, dessa forma, precisará contar com a paciência de todos que estiverem ao seu lado. Além disso, o tricolor efetuou poucas contratações para essa temporada: Neilton, Sidão, Wellington Nem e Cícero. Para ter bons resultados, Ceni precisará de mais peças em outros setores.
Após uma campanha de meio de tabela, Abel Braga chega ao Fluminense com o dever de realizar uma boa campanha no Brasileiro, especialmente para garantir uma vaga na Libertadores de 2018. O novo comandante ainda trabalha na estruturação da equipe desse ano. Aguarda por reforços — precisa de um homem de área — e também pensa em enxugar o elenco, que para ele, é bastante inchado.
No papel, o elenco do Vasco é de Serie B, e isso foi provado na prática em 2016. Para mudar essa lógica, Cristóvão Borges foi contratado, e sua missão não é mais fácil que as dos demais treinadores. O técnico cruz-maltino terá, a meu ver, a missão de manter seu time na elite nacional e, assim, encerrar com as alternâncias de passar um ano disputando a Série A, outro a Série B. Com o que tem à sua disposição, a tarefa é bem complicada.
No Corinthians, Fabio Carille foi a última opção da diretoria. Auxiliar-técnico durante a era Tite, o novo treinador terá a missão que o ídolo — que hoje comanda a Seleção Brasileira — executou com sucesso: tirar leite de pedra. Carille não é Tite, mas tem suas referências. No entanto, não tem o que mais precisa: um bom elenco. Jogadores baratos, alguns nem conhecidos, chegaram como apostas. Assim como Ceni, Carille precisará de mais reforços e paciência dos dirigentes para fazer uma boa campanha; mas diante de uma gigantesca crise política no Parque São Jorge, será uma tarefa um tanto árdua.
Por fim, a Chapecoense. Wagner Mancini é o comandante do processo de reestruturação do clube, após a perda de 19 atletas no trágico acidente aéreo. A Chape vai disputar, no mínimo, 72 jogos esse ano — é o clube com mais partidas a disputar em 2017 no Brasil. O importante, agora, não envolve títulos nem boas campanhas, mas ter um ano estável.