Entre os destaques do noticiário esportivo da semana está a aprovação da Fifa de aumentar do números de participantes da Copa do Mundo. A partir da edição de 2026, o torneio será disputado por 48 seleções; mas não caia na balela de que tudo isso foi pensado para o bem do futebol.
A decisão traz benefícios políticos e financeiros para quem comanda os planos. Com mais países, sendo eles de menor expressão no futebol mundial — como África e Ásia —, o presidente da Fifa Gianni Infantino consegue mais apoio e, consequentemente, garante a reeleição do mandatário nos próximos pleitos da entidade máxima.
Financeiramente, a Fifa vai arrecadar mais com os direitos de televisão. Ter mais jogos significa ter mais transmissões, e ter mais seleções significa que mais países estarão sintonizados. Sem contar que tudo isso ainda envolve um acréscimo de patrocinadores do torneio.
No ano passado, Infantino já havia anunciado que distribuirá U$ 4 bilhões ao futebol mundial em 10 anos. Segundo ele, na época, a ideia era de fortalecer o nível do esporte, especialmente das federações de baixa expressão.
Com o investimento do presidente, essas federações não estariam tão frágeis até 2026, e a Copa desse ano seria ainda mais competitiva. A decisão final sobre a reformulação do Mundial será dada em janeiro do ano que vem.
Além disso, parte do montante seria destinado ao fortalecimento do futebol feminino. Essa parcela deve corresponder a mais ou menos U$ 315 milhões. O maior objetivo da Fifa é dobrar o número de jogadoras pelo mundo, ultrapassando a marca de 60 milhões de atletas.
Boas propostas cobertas das melhores intenções. Bom para o futebol ou bom para Infantino? Eu opto por esperar…