Chegamos a 2017 e ainda cabe perguntar: o que será do futebol brasileiro após a tragédia da Chapecoense? No ano passado, os clubes da elite do Campeonato Brasileiro chegaram a cobrar a Conmebol por melhorias nas condições oferecidas pela entidade. Entre as reivindicações, estão o seu apoio nos deslocamentos dos times durante as competições e um seguro de vida vinculado à Conmebol.
Também foi exigida uma mudança no calendário, pois os clubes alegam que em campeonatos com sistema eliminatório, muitas vezes têm menos de uma semana para organizar uma viagem internacional para locais em que não há grande oferta de voos.
Além disso, os clubes já estudam não contratar mais voos fretados, como sugere a própria Conmebol. Na América do Sul, o Boca Juniors já garantiu que vai aderir à causa e só usará voos de carreira.
Já com respeito à Chapecoense, que perdeu 22 atletas do elenco no trágico acidente, ela passa por um processo de reestruturação. Muitos clubes do Brasil mostraram-se dispostos a ceder seus jogadores. Contudo, a grande maioria ofereceu apenas atletas encostados.
Com vaga garantida em sete competições oficiais, a Chapecoense fará pelo menos 72 jogos em 2017. É o clube que disputará mais partidas em relação aos demais times do futebol brasileiro.
Diante disso tudo, com o planejamento em andamento, com as contratações de atletas caminhando em ritmo lento e com muitos jogos pela frente, acredito que não é possível traçar uma projeção do futuro da Chape.
A mais querida do país
Ao chegar na final da Copa Sul-Americana, a Chapecoense conseguiu algo que raro no futebol brasileiro: um clube reunir um país inteiro para apoiá-lo em uma decisão de torneio. Se antes já era empurrado pelo Brasil, hoje é abraçado pelo mundo todo.
Fundada em 10 de maio de 1973, a Associação Chapecoense de Futebol ganhou destaque no futebol nacional em 2013, quando chegou à elite nacional. Antes disso, em 2009, obteve o acesso à Série C e, em 2012, para a Série B. Era um time que não se cansava de subir. Subiu tanto que chegou ao céu.