Ivan Tozzo, presidente em exercício da Chapecoense, falou sobre uma conversa que teve com Marco Polo Del Nero a respeito da equipe de Chapecó disputar a última rodada do Campeonato Brasileiro contra o Atlético-MG.
Para Del Nero, o jogo tem que acontecer. Ele também afirma que tem que ser uma grande festa. Tozzo argumentou que não tinha jogadores suficientes para o duelo, e o mandatário retrucou falando que tinham os atletas da base, além dos que haviam ficado. “Não importa. Tem que fazer uma grande festa. Chapecó e a Chapecoense merecem” – afirmou Del Nero a Ivan Tozzo.
Na manhã de hoje, Daniel Nepucemo, presidente do Atlético-MG disse que o clube não entrará em campo para a disputa da última rodada. “A gente acredita no esporte, respeita a dor, não é o momento de cobrar de jogador nenhum a essência do esporte. Já comuniquei à CBF. Conversei com o presidente da CBF, Marco Polo, que concordou. Nessa partida, o Atlético não irá. Provavelmente, a maior punição é a perda dos três pontos. Isso não altera nada. É o mínimo que tem que ter pelos familiares, pela cidade e pelo país que está sofrendo com isso”, disse Nepucemo.
Diante disso tudo, o diretor de competições Manoel Flores, afirmou ao SporTV que a possibilidade de cancelamento da partida não está prevista no Regulamento Geral de Competições. Caso a partida não acontecesse no dia 11, ela obrigatoriamente deveria ocorrer no dia seguinte.
Se as duas equipes não forem à partida, ambas seriam penalizadas com a perda de três pontos e de três gols de saldo, que é o que deve acontecer.
Assim, fica a seguinte questão: vale mais o bom senso ou o regulamento?
Para mim, não há clima para que ocorra a partida. Jogadores da base da Chapecoense entrariam em campo e imediatamente lembraríamos das vítimas da tragédia que poderiam estar lá. Imagina se sai um gol… Como comemorar? Isso tudo sem contar que nenhuma das equipes briga briga por mais nada no torneio.
Não sei como Del Nero gostaria de realizar uma grande festa.