Trocar o aspecto externo e eventualmente interno de um carro é coisa normalmente feita a cada quatro anos, onde ocorre um re-styling, e depois de oito anos acontece a substituição por um novo modelo. Já os motores costumam ter vida mais longa, passam por periódicas atualizações, às vezes comunicadas com estardalhaço pelos departamentos de marketing, outras passando mais discretamente pelos meios de comunição. Mas chega uma hora em que a linha de motores precisa obrigatoriamente ser profundamente renovada, mesmo que isto custe bem mais caro que fazer uma carroceria nova.
Foi o que a Renault está fazendo, ao lançar, aqui em Curitiba, duas novas familiais de motores : 1.0 de três cilindros e 1.6 de quatro cilindros que vem substituir, diga-se desde logo, com grande vantagem, seus antecessores. Estes estavam reclamando por essa aposentadoria, e finalmente lhes foi concedida.
O trabalho mais profundo foi realizado no 1.0, e os resultados são logo sentidos, tanto no Logan como no Sandero, graças a uma mais favorável curva de torque e aumento de potência. Nas mesmas situações, pode-se apertar menos o acelerador do que ocorria na versão anterior, tendo-se o mesmo resultado de desempenho aliado a uma sensível economia de combustível. Naturalmente para ter uma melhor definição quantitativa dos resultados alcançados vamos esperar ter à disposição um carro por pelo menos uma semana.
Também o 1.6 foi objeto de um grande trabalho nos mesmos moldes, conseguindo-se redução de peso do motor, redução de atritos internos, maior durabilidade de várias peças e, como direta consequência, maior potência e menor consumo. À exemplo do 1.0, vamos aguardar um contato mais profundo com um carro, Logan ou Sandeiro que seja, para ter-se uma clara idéia do progresso alcançado que, de qualquer forma, é marcante.