Fui ontem ao estádio do Pacaembu para assistir à pelada entre os amigos de Neymar e os amigos de Robinho. Uma partida festiva com o caráter solidário de ajudar a quem realmente precisa.
A presença de artistas e outras personalidades atraiu quase 30 mil pessoas, que levaram mais de 20 toneladas de alimentos. Estes serão destinados a instituições de caridade.
Além disso, outro fato que me marcou muito ao longo jogo foi um garotinho que estava ao meu lado na arquibancada. Neymar começou o jogo no banco. Na metade do primeiro tempo o craque entrou, e o jovem menino começou a transbordar alegrias. “É o Neymar! É o Neymar! Meu Deus do céu, é o Neymar!”, dizia o menino.
O garoto estava fascinado com o que via. A cada hora que via Neymar driblando, correndo ou até mesmo se alongando exclamava. Quando Gabriel Jesus, Lucas Lima e Kaká participavam de um lance de gol e corriam próximo à torcida, o garoto se emocionava mais ainda.
Tal fato faz com que voltemos ao passado e lembremos de nossas primeiras idas a estádios, dos nossos primeiros jogos debaixo de chuva e do primeiro sanduíche de pernil que comíamos na porta do estádio — bom, foi o que pelo menos me lembrou.
São jogos como esse que amenizam um clima de pós-tragédia — talvez seja algo do qual o futebol brasileiro realmente precise para terminar o ano com mais alegrias do que tristezas —, e é claro que a festa também contou com homenagens às vítimas da Chapecoense.
Além disso, a torcida também fez “olas”, gritou “Vai Safadão!” quando o cantor distribuía canetas, aplaudiu o gol de Marrone — da dupla sertaneja com Bruno — e comemorou, como se estivesse no jogo do seu time, quando o anão Pedrinho balançou as redes.
Na verdade, todos estavam no mesmo time: o da solidariedade. As peladas trazem um clima agradável de que tanto precisamos no fim do ano, e esse é o seu melhor.