Para Niki Lauda, presidente de honra da Mercedes, o título mundial deste ano já está definido : será de Nico Rosberg. A declaração do dirigente, por sinal, causou certo mal estar na equipe e serviu para reforçar a convicção de Lewis Hamilton de que existe uma indisfarçável torcida para que, desta vez, o título fique com seu companheiro de equipe. E como o único ponto fraco de Hamilton, de resto um excelente piloto, é o lado psicológico, fica claro que os erros verificados nos últimos GPs são o fruto direto desta situação.
Assim,o GP de domingo em Austin, nos Estados Unidos, poderá mostrar um Rosberg, do alto de seus 33 pontos de vantagem, tentando segurar a onda e eventualmente contentar-se com o segundo lugar. E, pelo contrário, um Hamilton decidido a tudo, isto é ir além das possibilidades do carro, para tentar uma vitória que teria -ao menos para ele – um excepcional valor moral.
O circuito, com curvas de vários tipos, oferece margem para uma corrida agressiva e a escolha dos pneus poderá ser, uma vez mais, decisiva. Sem esquecer que a Red Bull, agora firme na posição de única rival da Mercedes, poderá tentar usar a situação polêmica no time adversário para conseguir intrometer-se na luta. En quanto a Ferrari, ao que tudo indica, deverá amargar mais uma corrida sem grande destaque, com a única dúvida quanto à chance de Raikkonen terminar o campeonato à frente de Vettel.
Enfim, existem todos os pressupostos para uma corrida bem interessante, desde a largada até a bandeirada.