Foi a Conmebol quem deu o tapa na cara que os clubes brasileiros tanto precisavam levar — aliás, toda a América do Sul. E que belíssimo tapa!
A entidade determinou que, a partir de 2019, os times classificados para a Libertadores e a Sul-Americana só poderão participar dos torneios se tiverem uma equipe feminina inscrita em competições organizadas pelas federações nacionais ou regionais do país.
Fato é que por causa dos clubes, não só os do Brasil, o futebol feminino está cada vez mais perdendo força na América do Sul. Desde 2009, a Conmebol organiza a Libertadores feminina. As equipes brasileiras dominam a competição. A nova determinação não se dá para acabar com essa hegemonia, mas para fortalecer o nível da competição. Consequentemente, isso aumenta o investimento da modalidade feminina no Brasil.
A atitude da Conmebol é dignamente elogiável. O fato de o Brasil precisar tomar esse choque é lamentável.