O GP do México viu uma nova vitória de Hamilton que, largando da pole, manteve a posição e foi pouco a pouco estabelecendo uma clara vantagem sobre os demais, Rosberg incluído. Mas foi o segundo lugar de Rosberg que levou o piloto alemão, atual líder do mundial com 19 pontos de vantagem sobre o companheiro de equipe, a uma situação bem comoda quando faltam apenas 2 GPs ao término do campeonato.
Com efeito, bastaria a Rosberg ganhar em Interlagos para sagrar-se campeão, mas mesmo na pior hipótese para ele, isto é mais 2 vitórias de Hamilton até o fim do campeonato, para o alemão sagrar-se campeão seriam suficientes um 2º e um 3º lugares. Coisa que, vista a superioridade da Mercedes sobre todas as demais equipe, é perfeitamente possível.
Pelo resto, vale destacar a excelente atuação de Vettel que, largando em 7º lugar, conseguiu, alongando ao máximo o primeiro “stint”, ter no final pneus mais frescos e assim recuperar posições até chegar – merecidamente – ao pódio. E deixar imaginar o que poderia ter ocorrido se, com uma melhor classificação no sábado, tivesse largado em 3º. Um terceiro lugar, aliás, que lhe foi tirado pelos comissários de corrida 2 horas após o encerramento do GP, com uma penalização de 10″ ficando em seu lugar Ricciardo e Verstappen em quarto. Esse 3º lugar, por sinal, não amenizaria em nada a desastrosa temporada da Ferrari que não somente não conseguiu competir com a Mercedes mas foi também superada pela Red Bull.
Para os pilotos brasileiros, Massa conseguiu um 9º lugar, após segurar sua posição com unhas e dentes, enquanto Nasr, com a modesta Sauber, acabou lá atrás.
Uma reflexão final não pode deixar de analisar a conduta de Verstappen. O garoto holandês desta vez ultrapassou todos os limites, negando-se até mesmo a obedecer às ordens de seu box para devolver a posição a Vettel, após te-lo superado saindo da pista.
Chegou a hora para que alguém ensine ao garoto o que é a atual F1 e quais são as regras de conduta, pois a antipatia que já criou em todos os demais pilotos não projeta nada de bom para a seqüência de sua carreira que, por seus dotes como piloto, poderá ser das mais brilhantes. Mas é também bem possível que, um dia ou outro, cause um acidente fatal.