O Gp da Austrália viu o novo campeão mundial, o espanhol Marquez, correr sem qualquer preocupação e assim arriscar como sempre gostou. Mas desta feita o risco foi demasiado, ele errou quando estava isolado na ponta e jogou fora uma vitória que parecia certa. Um erro por ele logo assumido ao pedir publicamente desculpas a toda a equipe.
Aí o GP caiu no colo de Crutchlow, que era um brilhante segundo com uma Honda não oficial e que mostrou ter entrado numa fase extremamente positiva, a ponto de despertar muito interesse por parte da própria equipe oficial Honda, onde muitos entendem que ele poderia perfeitamente substituir Pedrosa como companheiro de Marquez num futuro não muito longínquo.
Mas o grande espetáculo deste GP disputado, em nosso horário, em plena madrugada de domingo, ficou por conta de Valentino Rossi que, aos 37 anos, no dia em que ocorreu o quinto aniversário da morte de Marco Simoncelli, lembrou no pódio o desaparecimento de seu possível substituto na história da MotoGP após uma corrida de recuperação. Assim, largando lá atrás, em 15° lugar, passou em 10° na 3.a volta, em 9° na 4.a, em 6° na 5.a, ultrapassando seu rival Lorenzo, em 4° na 8.a, em 3° na 10.a e assumiu logo após o segundo lugar, quando Marquez caiu. Aí era tarde – e não tinha mais pneus – para tentar lutar com Crutchlow pela vitória.
Em função do próximo campeonato, este GP renovou uma dúvida que muitos tem : o que poderá fazer em 2017 Lorenzo, contratado a peso de ouro pela Ducati para tentar ganhar o mundial ? Pois seu receio pelo piso molhado, onde não consegue chegar a seu limite, podem ser um obstáculo muito perigoso nesta busca pelo título.