No início da semana, foi publicado neste site o seguinte questionamento: “como posso me sentir seguro dentro de um estádio estando no meio de bandidos disfarçados de torcedores e protegidos pela má preparada PM?“. Pois bem, tal pergunta era baseada nos conflitos entre corintianos e policiais militares no Maracanã, meia hora antes do início da partida entre Flamengo e Corinthians.
Até agora, não consegui chegar a uma resposta. Até porque, depois do confronto entre Cruzeiro e Grêmio, no Mineirão, pela Copa do Brasil, surge a notícia de que um torcedor morre após ser agredido por um segurança do estádio. O que mais me choca é o depoimento que uma testemunha, que acompanhava o torcedor, deu ao ESPN.com.br.
“Nós ficamos com a torcida no setor laranja inferior. Eros [torcedor] estava com dois ingressos de sócio-torcedor para o setor vermelho superior. Fomos a um segurança perguntar se nós poderíamos mudar de local, mas ele disse que não podia, porque tinham câmeras. Voltamos para cima de novo. Em questão de quatro, cinco minutos, descemos e pedimos de novo, e ele recusou. O segurança deve ter achado que íamos invadir, e ele já foi aplicando um ‘mata-leão’ no Eros, que foi tentando reagir. E nisso veio outro segurança. Levaram-no para um quartinho e taparam a boca dele, como se quisessem asfixiá-lo. Esse outro veio por trás e batia na cabeça dele, não sei se com algo aparelho de choque… Daí o Eros acordou, bambeou, e foram puxando ele para fora. Eu entrei em pânico”, disse a testemunha.
Em princípio, foi relatado que o torcedor celeste sofreu um infarto após o primeiro gol tricolor e não resistiu ao chegar ao hospital.
Agora, a Polícia Civil já instaurou um inquérito, e enquanto isso ficamos no aguardo de alguma conclusão. Quanto à pergunta que abre esse texto, não sei quando teremos uma resposta convincente — ou se teremos…