Após assistir à briga de torcedores do Corinthians com a Polícia Militar do Rio, entrei num breve questionamento, do qual ainda não obtive resposta alguma: como posso me sentir seguro dentro de um estádio estando no meio de bandidos disfarçados de torcedores e protegidos pela má preparada PM?
Ontem, a delegada Jéssica de Almeida, que participa da investigação da briga, pediu a prisão preventiva de 31 corintianos envolvidos na confusão, sendo um deles menor de idade. De acordo com ela, vários deles já tiveram passagens pela polícia e outras ocorrências de menor porte. Assim, resta alguma dúvida de que há bandidos no meio? Eu não tenho.
Hoje acontece a audiência que define o futuro de cada um dos envolvidos. Os 31 torcedores que permaneceram foram autuados por crimes de lesão corporal, dano qualificado, resistência qualificada, promover tumulto em eventos esportivos e associação criminosa. Caso haja necessidade de prisão preventiva, serão encaminhados ao Complexo Penitenciário de Bangú.
STJD deu uma dentro
Na noite de ontem, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) suspendeu todas as torcidas organizadas do Corinthians e fechou o setor norte da Arena Corinthians por causa da confusão no Maracanã. Com isso, o Corinthians está proibido de vender ingressos para torcidas organizadas nos jogos na Arena, além de ter perdido o direito à cota de bilhetes para visitantes em partidas fora de casa. No entanto, como o pedido foi liminar, permanecerá ou cairá no julgamento que acontecerá no fim dessa semana ou da próxima.
Para mim, a ação do STJD é justa, pois assim pune um dos maiores regressos do futebol brasileiro. As organizada é, infelizmente, uma extensão do clube. Os envolvidos na briga, à princípio, sofrem as consequências. O clube também, mas poderiam ser ainda mais severas.