Com um minuto de partida, o Equador invadia a área do Brasil com extrema facilidade, e com quatro, a Seleção chegava com liberdade à meta adversária. Um fato já indicava uma preocupação que Tite teria ao longo do duelo, enquanto o outro mostrava uma nova Seleção Brasileira.
Tite fez uma excelente estreia no comando da Seleção: vitória por 3 a 0, na altitude, superando o adversário com total autoridade em campo. O novo Brasil tinha uma formação tática interessante, muito inteligente ao meu ver, e que nos faz criar boas esperanças para o futuro do país nessas Eliminatórias.
O esquema tático proposto por Tite era o seu tradicional 4-1-4-1, que sofria variações a todo momento do duelo. Quando atacava, mudava para um 4-3-3 e, quando defendia, para 4-5-1. Mas duas peças de todo o sistema me chamaram a atenção: a dupla chino-brasileira Paulinho e Renato Augusto.
Bastante contestado em sua nova convocação, o volante ao lado do meia, que vive boa fase pelo Brasil, atribuíram todo o ritmo que a Seleção tinha no jogo. Assim, a equipe de Tite tinha boa posse de bola, velocidade e precisão na marcação do centro do campo.
As preocupações estavam pelas laterais. Tite passou o jogo inteiro corrigindo o posicionamento de Daniel Alves, pois era por aquele setor que o Equador atacava com mais perigo. Outro fato que me chamou a atenção, era com respeito ao posicionamento de Gabriel Jesus, que auxiliava Marcelo na marcação pela esquerda, mesmo sendo referência no ataque, chegando a ficar mais recuado que o próprio lateral.
Com pouco tempo de preparação, Tite já deu um pouco do seu caráter à Seleção, algo que me surpreendeu muito, visto que é um treinador que sempre precisou de tempo por onde passou. Agora, resta o duelo contra Colômbia, na próxima terça-feira, em Manaus, onde finalmente veremos o Brasil com bons olhos depois de tanto tempo.