As lideranças da seleção uruguaia bateram de frente com a AUF e deram um passo importante para melhorar as condições financeiras do futebol do país. Os zagueiros Godín e Lugano, e com Suárez, conseguiram uma oferta da Nike de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 11,5 milhões) por ano para vestir a celeste, que é praticamente cinco vezes maior que a Puma oferece: US$ 750 mil (aproximadamente R$ 2,4 milhões), e a federação irá aceitar.
O grande xis da questão é que a empresa Tenfield tem direitos sobre a seleção, como poder controlar verbas de televisão, além de realizar intermediações de patrocínios. Isso tudo há 18 anos.
Para acabar com tal monopólio, os jogadores pressionaram a AUF, chegando a fazer ameaças de não jogarem mais pela seleção.
Os jogadores emitiram uma carta e um trecho dela me chama a atenção: “Estamos a favor do futebol uruguaio e não estamos contra nada, exceto por aqueles que querem atacar o futebol uruguaio. Demos e seguiremos dando tudo pela Celeste dentro do campo e queremos contribuir por um futebol melhor fora dele. Esse será nosso maior legado, nossa maior herança para as gerações futuras, que vão ter mais sucesso”.
Um apelo extremamente necessário para uma federação que tem recursos modestos e vê seus jogadores deixando o país ainda jovens.
E que isso sirva de exemplo para o brasileiro também.