Trafegar nas grandes cidades tem sido um desafio à paciência dos motoristas que acabam perdendo cada vez mais tempo em seus deslocamentos. E, para estacionar, encontram vagas, sobretudo nos shoppings, cada vez menores. Isto em flagrante contraste com a tendência da indústria automobilística que, a cada nova série, aumenta um pouco o tamanho de seus veículos. Um exemplo, válido para todos, é o Honda Civic, hoje bem maior de quando foi lançado, a ponto de levar a montadora japonesa a colocar no mercado o City que praticamente veio ocupar o lugar do primeiro Civic.
Assim, a busca de um carro realmente pequeno, ágil, de reduzido diâmetro de giro e que possa estacionar em qualquer vaga, tornou-se uma preocupação de muitos motoristas. Ao mesmo tempo, porém, esses motoristas, já acostumados com uma série de itens de conforto, próprios de carros de categoria superior, dificilmente aceitam a eles renunciar. E querem encontrá-los também no carro urbano.
A Fiat buscou atender a esta faixa de potenciais compradores lançando o Mobi, um carro realmente pequeno, fácil de manobrar, que cabe em qualquer lugar. E que é oferecido em três diferentes versões, cujo preço vai de 31.900 reais até 43.800 reais, permitindo assim ao interessado escolher os componentes que deseja encontrar no carro e adequá-lo às suas reais necessidades.
Rodando na cidade e na estrada com o Mobi, que traz por ora o motor do Palio 1.0, não se tem qualquer surpresa na parte mecânica, mas deve-se atentar para as relações do câmbio de 5 marchas. No Mobi, a quinta marcha é mais longa, a ponto da velocidade máxima ser alcançada em quarta, com a quinta conseguindo-se maior economia de combustível e redução do nível de ruído.
Quanto ao conforto, o Mobi privilegia os dois lugares da frente enquanto atrás a sensação é de um carro para 4 passageiros, o eventual quinto somente sendo admissível num percurso curto. Como, aliás, ocorre com seus diretos concorrentes nesta categoria voltada principalmente para o uso urbano do veículo.
O carro é leve, pois a nova plataforma permitiu uma interessante redução de peso ao mesmo tempo em que aumentou sua resistência torcional, e os ruídos aerodinâmicos são quase imperceptíveis. O que mostra o acerto do trabalho da engenharia da montadora neste novo produto.
No banco de trás, dependendo da versão, pode-se escolher uma maior ou menor inclinação do encosto, o que determina consequentemente o tamanho do porta-malas. Item este que deve ser analisado levando em conta a proposta urbana do veículo , pois quem, por exemplo, deseja levar consigo uma moto terá suas necessidades atendidas pela picape Strada e nunca pelo Mobi.
O visual do Mobi é bem moderno e, em função disso, deve atrair uma ampla faixa de público, que poderá explorar a fundo as muitas cores oferecidas para personalizar ao máximo, ao lado dos numerosos acessórios presentes nas concessionárias, o próprio carro.
Finalmente vale lembrar que o Mobi, no próximo Salão do Automóvel, em novembro, poderá apresentar um novo motor, de 3 cilindros, incluindo-se assim nesta nova categoria de carros pequenos que utilizam este propulsor, normalmente bem mais econômico. A este respeito, aliás, podemos indicar que, em uso urbano em trafego pesado, fizemos com o Mobi cerca de 5 km/l utilizando etanol.