O relacionamento de oito anos entre Vicente Del Bosque e a seleção espanhola chegou ao fim. O treinador entrega seu cargo após as frustrações da Espanha na Eurocopa da França, sendo eliminada pela Itália nas oitavas de final, e a péssima campanha na Copa do Mundo, massacrada pela Holanda e caindo logo na primeira fase do torneio.
É bem verdade que após a eliminação do Mundial de 2014, a vitoriosa era Del Bosque começava a entrar em decadência. Algo que na época não poderia ser encarada como uma normalidade por se tratar da mesma base que conquistara uma Copa do Mundo (2010) e fora bicampeã da Euro (2008 e 2012).
Del Bosque não estava na conquista de 2008, mas assumiu o time pronto que Luís Aragonés havia deixado. Grupo que contava com a melhor geração da história do país, e que ao longo do ciclo vitorioso revolucionou o futebol moderno com um estilo extremamente característico.
Fato que deve-se bastante à contribuição de Pep Guardiola, enquanto esteve no Barcelona, e que sofreu grande impacto com o declínio do clube catalão na época.
Para mim, Del Bosque não sai em baixa. Apenas deixa a seleção num momento em que não é mais possível dar continuidade em seu trabalho.
Chega ao fim a era do treinador que conquistou dois dos mais importantes títulos da Espanha, e agora, o país começa do zero o seu processo de reconstrução de imagem.