Primeiro Messi, agora Tatá Martino, e pode ter certeza de que a lista ficará ainda maior.
Após o mais um vice na Copa América, há mais de uma semana, Gerardo Martino decidiu deixar o comando da seleção argentina. Sua saída ocorre depois de a AFA confirmar sua permanência no cargo, inclusive no comando da equipe sub-23, e faltando exatamente um mês para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Mas quem dera se a saída de Tatá Martino fosse apenas pela frustração no torneio continental. A desorganização da Associação de Futebol Argentino (AFA) e o fato de ainda não poder contar com todos os jogadores para a Rio-2016 teriam sido a gota d’àgua.
Acontece que a entidade que comanda o futebol argentino vive uma das maiores crises de sua história. Um conselho indicado pela Fifa é está intervindo na direção da AFA. Em meio ao atual cenário, uma série de problemas da cúpula estariam atingindo a seleção e, conseqüentemente, incomodando o treinador. Apenas como um exemplo, Martino está sem receber salário há nove meses.
A crise da AFA teve início após a morte de Julio Grondona, em 2014, que durante 35 anos comandou o futebol argentino e está sofrendo investigação sobre irregularidades na gestão de dinheiro público recebido pela entidade para ceder os direitos televisivos do futebol local.
A situação piora quando Messi decide não defender mais a seleção de seu país, e pode se agravar ainda mais — pois ainda não há confirmação oficial —, uma vez que o presidente do Comitê Olímpico Argentino, Gerardo Werthein, alertou que havia 50% de chances de que a Argentina não estaria na competição de futebol nos Jogos Olímpicos.
Além disso, após o anúncio da saída de Messi, o atacante Aguero indicou uma possível debandada da seleção. De acordo com a imprensa local, Mascherano, Biglia, Romero, Rojo, Higuaín, Di María, Andújar e Lavezzi, além do próprio Agüero, também não devem mais vestir a camisa da Argentina.
Pois é, complicado…