Tite, enfim, foi apresentado como técnico da Seleção. O treinador assume o cargo deixado por Dunga e terá a difícil missão de reconstruir a imagem do Brasil após uma série de fracassos, o mais recente foi a eliminação precoce na Copa América Centenário diante do limitado Peru. Além disso, o Brasil é o 6º nas Eliminatórias da Copa de 2018, fora da zona de classificação.
Em sua primeira entrevista na sede da CBF, o gaúcho, de 55 anos, deixou claro que buscará desvincular o trabalho de futebol de outros setores da entidade.
“O convite feito foi para eu ser técnico da Seleção Brasileira de futebol. Autonomia de direcionar na busca de excelência, transparência, do melhor para o futebol, é o que eu sei fazer. É o campo, a análise técnica, e a maneira que tenho de contribuir é mantendo a mesma opinião, mas mantendo a minha autonomia para buscar o melhor à Seleção”, afirmou Tite.
Confira os principais trechos da entrevista de Tite:
Momento certo
Fiquei sentado em poltrona em 2014 esperando, na expectativa, e não veio. Porque as coisas têm seu tempo. Veio agora. Entendi que deveria aceitar. Talvez seja o meu melhor momento.
Risco de não se classificar
O foco é a classificação para o Mundial e nós não estamos em uma zona de classificação. Corre-se o risco, claro que se corre. Se não aceitar isso, está fugindo da realidade. Equipes se montam, se formam, se consolidam e crescem.
Neymar
Temos de interagir, não posso prever, vai ser assim ou assado. Uma coisa que acredito: o lado humano potencializa o lado profissional. Posso assegurar que todos, inclusive o Neymar, querem o bem da Seleção. Compete a nós encontrar e buscar o melhor caminho.
Atual geração
O técnico evolui, o atleta evolui e tem capacidade de evolução. É assim essa geração. Tem uma série de outros jogadores com qualificação e potencial de crescimento.
Adaptação na Seleção
Tenho de me reinventar, não sei qual adjetivo usar. É um ambiente diferente de clube, uma forma diferente. Quero um dia para conversar com os técnicos brasileiros e ouvir sobre jogadores com possibilidade de convocar, suas características, como é o dia a dia do trabalho. Preciso saber onde o atleta pode se adaptar.
Próximo compromisso
Vamos viajar amanhã (hoje) para ver o jogo da Colômbia [ao lado do novo diretor Edu Gaspar]. Tenho que me reinventar como técnico e quero ver ‘in loco’ a Colômbia.