As previsões foram respeitas e o alemão Nico Rosberg venceu, com grande superioridade, o GP da Europa disputado na bonita mas longínqua Baku, capital do Azerbaijão. Lá, o também alemão arquiteto Hermann Tilke, aproveitando as ruas locais, desenhou um circuito longo (são 6.007 metros) com vários pontos bem estreitos (chegam a apenas 6 metros) e uma longuíssima reta (2.200 metros), fazendo assim um mix de Monaco e Monza, apenas para darmos um exemplo.
Dada a largada, Rosberg foi embora e os seus mais diretos adversários somente o viram de novo no pódio, além dos muitos nos quais ele colocou uma volta de vantagem durante a corrida. E o GP transformou-se num verdadeiro triunfo para Rosberg que, além de re-encetar o caminho das primeiras 4 vitórias seguidas neste mundial, viu seu companheiro Hamilton, que largou em 10º como conseqüência de sua batida no treino de classificação, conseguir o 5º lugar, numa corrida de recuperação. De qualquer forma, a vantagem de Rosberg, que era de apenas 9 pontos, agora voltou a ser de 24 sobre Hamilton e de nada menos que 45 sobre o terceiro colocado, o alemão Vettel da Ferrari.
Este também teve uma corrida até certo ponto tranquila, pois ciente que não tinha carro para lutar com a Mercedes de Rosberg, deu seu máximo e alcançou o segundo lugar que era o máximo a seu alcance.
O GP acabou se notabilizando por muitas lutas pelas demais posições, uma das mais bonitas opondo o mexicano Perez, da Force India, ao finlandês Raikkonen da Ferrari, com exito final favorável a Perez, autor de uma bela prova, que conseguiu assim subir ao pódio. Aliás fica a impressão de que Perez, autor no treino de classificação do 2º tempo mas rebaixado ao 7º lugar no grid de largada por ter trocado o câmbio, poderia talvez ter posto pressão em Vettel na luta pelo segundo lugar. O mexicano, ao lado de Rosberg e Vettel, foi sem dúvida um dos nomes deste GP e sua euforia ao final da corrida amplamente justificada.
Quanto aos brasileiros, Massa não conseguiu ter o mesmo rendimento mostrado no treino de classificação, onde ficou bem à frente do companheiro Bottas, e teve que se contentar com o décimo lugar, marcando 1 ponto. Nasr, pelo contrário, superou as expectativas e com sua modesta Sauber acabou obtendo um ótimo 12º lugar, após ter largado em 15º, o que, por si só, já era um feito e tanto.