A Nissan apresentou as versões de March e Versa equipadas com câmbio automático do tipo CVT de última geração, oferecendo assim ao mercado uma outra opção que será muito apreciada pela comodidade que proporciona aos usuários que trafegam principalmente nas grandes cidade.
Para avaliar, embora rapidamente, o funcionamento deste câmbio automático CVT rodamos por ruas e estradas de São Paulo e a impressão foi amplamente favorável. Não ocorre a troca de marchas tradicional dos câmbios mecânicos ou automáticos mas sim uma adequação contínua ao que o motor requer, já que o CVT, atuando com as conhecidas duas polias opostas, transmite a potência de modo uniforme, como se fosse um motor elétrico.
A suavidade de marcha resultante é bem apreciável e casa muito bem com a aperfeiçoada proteção anti-ruído introduzida nos modelos 2016 dos dois carros. Para os que desejam uma resposta mais esportiva, existe a possibilidade de, apertando uma tecla na alavanca de câmbio, fazer o motor trabalhar em rotações mais elevadas. Curiosamente esta tecla foi batizada de “Overdrive”, palavra inglesa que significa exatamente o contrário pois é usada para indicar a utilização de uma marcha mais longa (e portanto com rotação menor) para se obter economia de combustível, embora com certa renuncia ao desempenho. Normalmente nos demais produtos da indústria automobilística, teclas do tipo usado no March e no Versa levam a indicação “S”, de “sport”.
Pelo resto tanto March como Versa repetem, nesta versão automática, as mesmas qualidades já vistas nos modelos com câmbio mecânico. No caso do Versa que, por seu amplo espaço interno (sem dúvida o maior de sua categoria), já se colocava no mercado como um sedan médio, a opção do câmbio CVT lhe dá a única coisa que ainda faltava. Pois, nesta faixa de mercado o câmbio automático é praticamente um item obrigatório, tal a prefer~encia demonstrada pelos compradores. E como seu preço é, ainda assim, altamente concorrencial, é fácil prevêr que ests Versa automático, se bem trabalhado junto ao público, terá amplo sucesso de vendas.
Vale ressaltar que, em uso rodoviário, o March com câmbio CVT apresenta praticamente o mesmo consumo da versão com câmbio mecânico, a menos que o motorista deste último não faça intenso uso do ponto morto nas descidas enquanto em uso urbano o consumo nos pareceu um pouco maior, sem, contudo, que pudêssemos
ter realizado qualquer teste mais preciso.
Para ter esta comodidade, reservada aos modelos equipados com motor 1.6, o interessado deverá gastar R$ 4.800 a mais. Aí cabe a cada um julgar se compensa ou não…