Estivemos na cidade de Xangrilá(RS) para conhecer o Parque Eólico da Honda, primeiro parque da montadora no mundo, inaugurado há cerca de um ano e meio atrás e vencedor da categoria “Projeto Sócio-ambiental” da Premiação CARSUGHI- L`AUTO PREFERITA”, onde 20 renomados jornalistas do país todo votaram.
Vale ressaltar que a Honda se antecipou ao cumprimento da meta de reduzir em 30% a emissão de CO2 até o ano de 2020.
O investimento feito ficou na ordem de R$ 107,6 milhões de reais.
Lá é produzida toda a energia que a fábrica necessita, inclusive com uma sobra que é comercializada para o mercado, embora a Honda deixe claro que esse não é o foco.
Estamos falando da geração até agora de 95.850 MWh – o suficiente para abastecer uma cidade de 35 mil habitantes. Assim, pensando no meio ambiente, 12 toneladas de CO2 deixaram de ser emitidos na atmosfera.
Importante explicar que a energia eólica apresenta um dos menores índices de emissão de dióxido de carbono e é favorecida pela boa disponibilidade de ventos no país, em especial, nas áreas costeiras e montanhosas. Como comparação, a cada 1MW gerado a partir da energia eólica são emitidos 7Kg de CO2, enquanto a energia hidrelétrica emite 24 kg.
O parque tem um total de nove aerogeradores de 3MW cada, resultando em uma capacidade total de 27MW.
O tamanho das torres impressiona, tanto por fora, como por dentro delas, onde há uma escada para que os técnicos subam os 90 metros e um elevador como opção. As torres têm 94 metros de altura e o ponto mais alto do conjunto alcança 150 metros.
Esse dado é relevante ao considerar que em alturas mais elevadas, onde há menos obstáculos ou rugosidades do terreno, a fluidez dos ventos é mais constante. Com 55 metros de comprimento cada, as pás formam uma das maiores áreas de varredura encontradas em aerogeradores no Brasil, proporcionando assim uma melhor eficiência de geração para os ventos mais fracos.
A cidade de Xangrilá foi escolhida por ser o local com ventos mais próximo de uma distribuidora de energia que leva para a cidade de Sumaré.
Para a fábrica de Itirapina, também no interior do estado de São Paulo, ainda não há projetos sobre alimentação energética via parque eólico, pois a mesma está pronta porém aguardando melhores condições da economia para iniciar suas atividades e o Parque eólico já construído não tem capacidade física para isso, será necessária a construção de outro.