O Corinthians já sabia há muito tempo que perderia Tite para a Seleção Brasileira — fato que ficou ainda mais claro quando o cargo de Dunga foi posto em questão antes mesmo do início da Copa América —, mas nunca esteve pronto para dizer adeus. Talvez porque alvinegro nunca quis imaginar tal situação, ou até mesmo, por simplesmente querer ignorar os fatos. O que é certo: hoje o clube é vítima de uma gigantesca falta de planejamento e agora sofre suas consequências.
O mercado diz não ao Corinthians, e até quem não está nele compartilha da mesma resposta.
Roger Machado, Eduardo Baptista, Fernando Diniz, Sylvinho e, segundo as informações do blog do Juca Kfouri, o português André Villas Boas recusaram o convite do alvinegro do Parque São Jorge.
Às pressas, o Corinthians foi atrás de boas opções para substituir Tite, pois a proposta era de encontrar um treinador moderno, requisito básico de um time que busca se destacar em solo nacional. Roger Machado, indicado pelo novo técnico da Seleção, e Sylvinho, que foi auxiliar de Tite e de Mano Menezes e está atualmente na Internazionale, seriam as melhores apostas a meu ver.
Sylvinho optou por acabar seu curso de treinador da Uefa. Fez bem.
O Corinthians nem chegou a preparar um plano de carreira para ele. Fez mal.
Agora, um nome forte na cúpula do Parque São Jorge é o de Vagner Mancini. Para mim, um treinador que não foge muito da normalidade. Mas diante de tantos nãos e com o tempo apertado, vão restando apenas os comuns.
Dessa forma, o Corinthians, que nos últimos anos se tornou diferenciado pela diretoria, estrutura e treinadores que teve, tende apenas a ser um clube comum, se seguir neste caminho.