Neste domingo teremos o GP da Europa, uma denominação que não vinha sendo utilizada nos últimos anos e volta agora às manchetes. Mas não para marcar o re-encontro com um circuito tradicional e sim para celebrar a chegada de uma nova pista, a de Baku, no pouco conhecido Azerbaidjan.
Trata-se de um circuito de rua, com uma longuíssima reta (são nada menos que 2.200 metros) e um total de 6.007 metros, o que o coloca como o segundo mais longo de todo o mundial, atrás apenas de Spa-Francorchamps que tem cerca de 1 km a mais. A particularidade, que porá a toda prova o conhecimento dos engenheiros de pista e dos pilotos para encontrar o melhor acerto dos carros, é a existência, além da grande reta, de numerosas curvas de 90 graus. E a isto se soma uma seqüência de três curvas em que a largura da pista é de apenas 7 metros, o que faz lembrar bastante Mônaco e as correlatas dificuldades não só de ultrapassar como de evitar batidas.
Até esta 6.a feira todos os pilotos só tinham podido testar o novo circuito (desenhado, como vários outros, por Hermann Tilke) em simuladores. No primeiro dia de treinos cada equipe buscou principalmente encontrar a melhor definição relativa às regulagens dos carros e à escolha dos pneus. mas já ficou absolutamente claro que as Mercedes continuarão dominando o cenário, com Hamilton parecendo bem mais à vontade do que Rosberg no aprendizado do circuito
A respeito da escolha de pneus verifica-se que até dentro de uma mesma equipe os dois pilotos fizeram, em vários casos, escolhas diferentes, o que mostra a possibilidade de táticas diversas. Por exemplo, no caso da Williams, a escolha de Massa foi diferente da de Bottas Aliás, veja essas escolhas :
Como de hábito, pode-se prever uma acirrada disputa entre Rosberg, ainda líder do campeonato, e seu companheiro Hamilton, que o segue 9 pontos atrás. Ambos perseguidos (a 36 pontos de distância) por Vettel que, se sair à frente, demonstrou, no GP do Canadá, poder com sua Ferrari lutar em igualdade de condições com as duas Mercedes.
Quanto aos brasileiros, as melhores chances de uma boa corrida ficam com Massa, cuja Williams deu sinais de progresso, enquanto Nasr deverá ainda amargar os recorrentes problemas de falta de desenvolvimento da Sauber.