Tensão, preocupação com a segurança e expectativa de futebol de alto nível. É com esse cenário que se inicia hoje a Eurocopa da França, o principal torneio de seleções do velho continente. Sete meses depois que atentados atingiram Paris, o Stade de France, estádio próximo de onde aconteceu o ataque que abalou o mundo, será o palco de abertura da competição, recebendo o duelo entre França e Romênia, às 16h.
Com milhões de torcedores que prestigiarão o torneio, a capital francesa está assombrada pelo medo, especialmente do grupo Estado Islâmico. As forças de segurança e os serviços secretos franceses estão mais mobilizados do que nunca. Cerca de 90.000 policiais, guardas civis e agentes de segurança serão mobilizados para garantir a segurança nos estádios e nas ‘fan-zones’ de 10 cidades que abrigam a competição.
Em maio, os serviços secretos ucranianos detiveram um francês que preparava até 15 atentados na França, antes e durante a Eurocopa, e com quem foi apreendido um arsenal de guerra. O indivíduo tinha motivações tanto contra os muçulmanos, como contra os imigrantes. Isso aponta que a ameaça não se restringe aos extremistas, mas não esconde que a França é o alvo nº 1 do Estado Islâmico.
Por outro lado, as ameaças não chegam a enfuscar bom futebol que o torneio reserva aos torcedores. A Espanha, atual bicampeã continental, busca fazer história nesta edição. Ao lado da seleção espanhola, a Alemanha é a maior campeã da Euro, ambas têm três títulos conquistados, e chegam à França como favoritas.
Os alemães mantiveram a base campeã do mundo, com 14 atletas que festejaram o título mundial no Brasil. No entanto, a lista de candidatos é extensa. A Inglaterra, de Rooney, a Itália, de Buffon, e a seleção portuguesa, de Cristiano Ronaldo, não ficam atrás. Sem esquecer dos donos da casa, que contam com o excelente momento do craque Pogba.
Esta será a terceira vez que a França sediará a Euro, sendo o país que mais recebeu o torneio. Justamente em casa, os franceses festejaram seu primeiro título. Em 1984 os liderados por Michel Platini superaram a Espanha na final, com o placar de 2 a 0. O segundo caneco veio em 2000, na edição de Bélgica e Holanda, quando a França de Zidane bateu a Itália por 2 a 1 na decisão.