Assim como em todas as partidas, o Brasil entrou em campo com a obrigação de vencer. No entanto, dessa vez, tinha algumas exigências.
Diante de um adversário frágil, cumpriu muito bem seu dever. Goleou o Haiti por 7 a 1, ampliou seu saldo de gols e segue vivo na Copa América.
Me surpreendeu nesta partida a participação de Philippe Coutinho. Contra o Equador, apresentou uma movimentação interessante, com muita chegada no ataque. Hoje não foi diferente. Aliás, foi melhor. Jogou da forma que gosta, como está acostumado no Liverpool.
Outro ponto positivo a ser destacado foi o caráter ofensivo do Brasil na segunda etapa, quando o time já estava mais cadenciado. Dunga sacou Jonas (bom jogador, mas que tende a ser enfuscado), Elias e Casemiro para as entradas de Gabriel, Lucas Lima e Wallace. Aumentou a qualidade do passe, o volume e a intensidade.
Em todo o caso, ainda fica complicado ter uma projeção do Brasil após uma goleada sobre o Haiti, talvez só depois do jogo contra o Peru. Mas o dever de casa foi muito bem executado. E quanto ao placar, quase impossível não remeter à histórica catástrofe da Copa do Mundo. Digo isso apenas pelo resultado, pois pelo futebol, o Brasil não parecia aquela Alemanha e o Haiti não parecia aquele time de Felipão.
Dois resultados iguais cujos contextos são totalmente diferentes. Não há muita razão para comparar.