Quem larga na pole, em Monaco, tem grande chance de vencer. Mas não foi o que aconteceu este ano, pois a chuva transformou o panorama numa guerra de táticas quanto à escolha dos pneus ao progressivamente diminuir e depois parar de vez.
Nesta disputa quem seu deu melhor foi Hamilton, cujo engenheiro de pista optou para um único pit-stop e arriscou ainda mais em montar pneus ultramacios, confiando na habilidade do piloto para chegar até o fim do GP.
O segundo colocado, que foi Ricciardo com sua Red Bull, muito à vontade neste circuito bem lento, que parou uma vez mais e optou pelos supermacios, enquanto Perez, terceiro colocado com a Force India, e Vettel, quarto com a Ferrari, escolheram os macios.
Cada qual, naturalmente, obedeceu a uma diferente expectativa com relação à durabilidade dos pneus e ao que poderia acontecer ao longo da prova, mas, no final das contas, Hamilton teve razão e ganhou um alento no campeonato. Pois seu companheiro de equipe, Rosberg, que largou em segundo, jamais deu a impressão de poder lutar ao menos pelo pódio mas teve a inteligência, numa jornada globalmente negativa para ele, de pensar no campeonato, não tentar ultrapassagens arriscadíssimas e assim ainda manter 24 pontos de vantagem sobre Hamilton. O que, em termos práticos, significa poder marcar apenas 2 pontos num GP e,mesmo em caso de vitória de Hamilton, manter a liderança, embora com apenas 1 ponto de vantagem.
Uma análise à parte cabe para a prova de Verstappen, que mostrou todas suas qualidades mas evidenciou também a normal falta de maturidade, batendo nos treinos e no GP. Só o tempo, claramente, poderá ajuda-lo.
Quanto aos demais pilotos Vettel fez o que uma decepcionante Ferrari lhe permitiu, Massa chegou onde podia chegar com uma Williams em claro declínio e Nasr foi alijado da prova por uma manobra demasiadamente arriscada de seu companheiro de equipe.
Agora é esperar pelo GP do Canadá e ver o que este mundial nos reserva…