Um GP de Espanha inesperado, com harakiri inicial (logo na curva 3) das Mercedes, deu ao holandês Verstappen a chance de se tornar o mais jovem vencedor na história da F1 (18 anos, 7 meses, 15 dias) e, em sua estréia na Red Bull, mostrar que o diretor esportivo Helmut Marko tinha visto certo ao promove-lo e mandar Kyvait para a Toro Rosso.
A corrida teve seu lance mais inesperado (e sensacional) logo na curva 3, quando Hamilton, tentando superar Rosberg que tinha tomado a ponta embora largasse na segunda posição, foi para a grama, perdeu o controle do carro e atingiu em cheio seu companheiro. Resultado disso : as duas Mercedes de fora pela primeira vez nos últimos anos e uma corrida bem equilibrada, com o vencedor se materializando somente na volta final, após o jovem Verstappen ter conseguido manter a ponta durante 18 voltas em que foi perseguido bem de perto por Raikkonen. Uma luta em que Versteppen mostrou suas qualidades e ratificou os prognósticos de que será um dos protagonistas da F1 nos próximos anos.
Para a Red Bull, que somou à vitória de Verstappen o quarto lugar der Ricciardo, foi um domingo triunfal enquanto a Ferrari amarga, com o segundo lugar de Raikkonen e o terceiro de Vettel, o desastre de sábado no treino oficial, quando foi totalmente superada pela Red Bull, e na corrida a perda da primeira chance real, neste campeonato, de conseguir derrotar a imbatível Mercedes e marcar uma dobradinha.
Para os pilotos brasileiros ficou a boa corrida de recuperação de Massa, que largou em 18º lugar e recebeu a bandeirada em 8º, enquanto Nasr não conseguiu nada além de um modesto 15º lugar, comprovando os problemas que afligem a Sauber. Problemas técnicos e sobretudo financeiros que não mostram possibilidade de solução a curto prazo.
Falando em problemas técnicos, aliás, ficou evidente a dificuldade de tração da Ferrari em saídas de curvas lentas, que impediu Raikkonen de atacar mais decididamente Verstappen na fase final e, inversamente, permitiu a Ricciardo ameaçar até a volta final (quando estourou seu pneu traseiro esquerdo) o terceiro lugar de Vettel. Isto, lembrando que o próximo GP será disputado nas ruas de Monaco, abre interessantes perspectivas para a Red Bull ser, pela segunda vez, a segunda força deste mundial. Pois a primeira continua sendo a Mercedes.