Desde o início da temporada, Tite deixou claro que um de seus maiores desafios neste ano tinha respeito ao processo criativo da equipe do Parque São Jorge.
Após o desmanche, taticamente, manteve a famosa formação 4-1-4-1. No papel, as funções aparentavam serem inalteradas: volante entrava na vaga de volante, meia no lugar de meia e atacante no posto de outro atacante. Na prática, os papéis exercidos muitos eram bem diferentes daquele Corinthians de 2015, que ainda está na memória do torcedor.
Deu certo, e o Corinthians ficou um longo período acumulando bons resultados, tanto no Paulista quanto na Libertadores. Recentemente, o aproveitamento despencou. A proposta do esquema não estava mais se encaixando, sem contar que todos os adversários do alvinegro já conheciam sua forma de jogar dos pés à cabeça.
Assim, vieram as eliminações em mata-matas, e Tite, mais uma vez, está sendo obrigado a fazer novas alterações para a criação corintiana.
Ele vai continuar trabalhando com o mesmo 4-1-4-1. A diferença ficará na segunda linha de quatro. Tite sempre colocou nesta linha um meia de criação aberto pela lateral (Giovanni Augusto), um volante (Elias) e outro meia de criação no miolo (Guilherme/Rodriguinho) e um atacante de velocidade aberto pelo outro lado (Lucca/Romero). Com a chegada de Marquinhos Gabriel, a ideia seria de colocar o novo reforço na vaga do atacante. Assim, a aposta de Tite seria de atuar com três meias ofensivos.
Vale a aposta? Claro, uma vez que a solução se adéqua bem aos problemas encontrados. Se vai dar certo ou não, só colocando em prática para saber.