O GP da França, disputado domingo no circuito de Le Mans,apresentou surpresas que não acabavam mais. Surpresas não com relação á vitória, pois isso ficou bem claro desde a largada quando Lorenzo com sua Yamaha assumiu a ponta e a conservou até a bandeirada. Mas surpresas na busca pelo pódio, onde inicialmente parecia certa a presença das duas Ducati, com Dovizioso inicialmente à frente do companheiro de equipe Iannone, depois superado por este numa linda manobra. Mas Iannone, na tentativa de alcançar Lorenzo, abusou e acabou caindo, deixando a busca pelo pódio a um trio formado por Dovizioso, Marquez com a Honda e Rossi comn Yamaha.
O italiano que tinha largado (e mal) na sétima posição, foi paulatinamente superando os que o precediam e se instalou, na metade da prova, em segundo lugar mas então distanciado 5 segundos de Lorenzo e portanto sem a menor chance de alcança-lo.
Aí a disputa pelo terceiro lugar ficou restrita a Dovizioso e Marquez até que ambos, como num balé sincronizado, caíram, sem que tivesse havido qualquer toque entre ambos. Talvez tenha sido por causa de uma pequena emenda no asfalto, o fato é que Dovizioso foi obrigado a abandonar enquanto Marquez conseguiu retornar à pista mas ficou em último lugar.
O terceiro lugar caiu então no colo do jovem Viñales, que, após 6 anos, levou de volta a Suzuki ao pódio, tirando tudo o que sua moto podia lhe dar e dando uma grande alegria à equipe que, até então, tinha apenas a longínqua lembrança do pódio de Capirossi em 2100.
Para Viñales, talvez o mais promissor piloto da nova geração, este feito vai reforçar ainda mais as chances de ser companheiro (e provável sucessor, quando o italiano se aposentar) na Yamaha em 2017, ano em que Lorenzo estará na Ducati, enfrentando o desafio de fazer voltar a marca de Borgo Panigale ao título.
Como resultado de tudo o que aconteceu na pista, este GP da França levou Lorenzo à liderança do mundial, com Marquez agora segundo e Rossi terceiro : o título mundial está certamente entre os três. Mas deixou também uma lição clara : o mais querido entre todos é ainda Valentino Rossi, intensamente aplaudido pelo público francês até mesmo no momento em que Lorenzo, no pódio, estava recebendo o seu troféu.