A Conmebol multou o Nacional-URU em US$10 mil (R$37 mil) porque um torcedor uruguaio imitou um macaco na arquibancada para o atacante Gabriel Jesus, no jogo de 17 de março pela Libertadores.
Após a partida, que terminou com o placar de 1 a 0 para o Nacional, o Palmeiras disse que pegou o vídeo dos atos racistas e enviou aos responsáveis da Conmebol. Dirigentes do clube também foram ao delegado do jogo para que o caso fosse relatado na súmula.
Contudo, esse não é o primeiro caso em que a Conmebol não apresenta a devida postura que a circunstância requer. Em fevereiro de 2014, por exemplo, o volante Tinga, quando defendia o Cruzeiro, foi alvo de insultos racistas durante a partida contra o Real Garcilaso-PER, e a entidade demorou mais de um mês para punir o clube peruano em apenas US$ 12 mil (equivalente a R$ 28 mil na época).
No ano passado, o corintiano Elias foi alvo de ofensas racistas na partida contra o Danubio-URU, e nem punição houve.
O caso mais marcante aconteceu em 2005 com Grafite, no jogo entre São Paulo e Quilmes. O argentino Desábato foi preso pelo ato, mas o clube não foi punido.
São apenas alguns dos inúmeros casos de racismo nas competições sul-americanas, mas que já nos mostram o bastante para ter noção de toda a rigidez que a entidade tem perante os atos.